Henrique Amorim
A inversão do sentido de direção na Rua General Osório não deu certo e a Autarquia Municipal de Trânsito de Nova Friburgo (Autran) decidiu retornar a mão de direção em toda a extensão da via no sentido norte do município, ou seja, mão única da Praça do Suspiro até a esquina com a Rua Henrique Zamith, em frente à Casa dos Pobres de São Vicente de Paulo. O retorno ao sentido antigo, após quase seis meses da mudança inicial, porém, só acontecerá a partir do próximo domingo de carnaval, 6. Ontem, 3, a Autran decidiu também retornar a mão de direção para o sentido norte no trecho inicial da rua, entre o Suspiro e a esquina com a Rua Aristão Pinto. Até amanhã deverá ser retirada toda a nova sinalização da via implantada esta semana.
A alteração também pegou os motoristas de surpresa. No início da manhã de ontem, ainda sem o auxílio de agentes de trânsito, muitos motoristas trafegaram pela General Osório, entre o Suspiro e a Rua Aristão Pinto, no sentido norte (até aquele momento, contramão), arriscando-se em acidentes, já que poucos seguiam pela nova mão de direção, no sentido sul, gerando confusão e perigo até para pedestres.
A mudança da mão de direção para o sentido sul em toda a extensão da General Osório, experimentada na última quarta-feira, 2, acabou gerando um verdadeiro caos no trânsito do Centro. Alguns motoristas denunciaram o gasto de mais de duas horas para atravessar pouco mais de três quilômetros entre o trevo de Duas Pedras e o Paissandu. Com a inversão de mão da Rua General Osório, muitos motoristas que escolheram a nova opção de tráfego e se dirigiam ao Centro foram obrigados a dobrar à esquerda no Suspiro, em frente ao Clube de Xadrez.
Embora tivesse sido instalado um semáforo naquela confluência, o grande número de veículos impediu que o fluxo oriundo da Rua Francisco Miele pudesse ser escoado em direção à Avenida Galdino do Valle Filho e Praça do Suspiro. Os motoristas vindos da Avenida Santos Dumont e que pretendiam dobrar à direita no Suspiro também ficaram presos no gigantesco engarrafamento, que teve reflexos no Paissandu, no Viaduto Geremias de Mattos Fontes e na Avenida Conselheiro Julius Arp, pois com a dificuldade para atravessar a ponte da Rua Francisco Miele, o fluxo na Avenida Comte Bittencourt, na direção norte, também ficou comprometido.
“Um caos. Se alguém passar mal aqui terá que ser socorrido de helicóptero, pois nem as ambulâncias conseguem trafegar. Nunca vi um congestionamento tão grande como esse em Friburgo. E o pior: não há um guarda da Autran na Praça do Suspiro para tentar organizar essa bagunça”, reclamou um motorista, que gastou 45 minutos para se deslocar da Rua General Osório à Avenida Alberto Braune no início da noite. A intenção da Autran em realizar a inversão de mão da General Osório em toda a extensão, no sentido sul, era propiciar uma alternativa aos motoristas para desafogar o eixo rodoviário da RJ-116 nos horários de pico, além de oferecer uma nova opção de acesso aos bairros Olaria, Cônego e Cascatinha, através do Vale dos Pinheiros.
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