Nova Friburgo registrou aumento no número de roubos a estabelecimentos comerciais e lesões corporais dolosas (quando há intenção de ferir) nos quatro primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2018. A informação consta no relatório divulgado pelo Instituto de Segurança Pública do estado (ISP), na última segunda-feira, 20.
Os casos de roubo a estabelecimentos comerciais dobraram. Foram registradas oito ocorrências, de janeiro a abril deste ano, pela 151ª DP. Já lesões corporais dolosas aumentaram 7,2%. No ano passado, foram 348 casos. Neste ano, até abril, foram computadas 373 ocorrências, segundo o órgão.
Esses foram os dois indicadores que apresentaram maior crescimento entre os principais delitos no município. Os demais se mantiveram estáveis ou caíram. Por exemplo, o total de roubos, que inclui roubos a residência, transeuntes, aparelhos de celular, entre outros, caiu 17,9% este ano. Até abril, foram registrados 69 casos. No mesmo período do ano anterior, foram 84 roubos.
Queda de homicídios dolosos
Nos quatro primeiros meses deste ano, o índice de letalidade violenta — que inclui homicídios dolosos (quando há intenção de matar), latrocínios (roubo seguido de morte), lesões corporais seguidas de morte e autos de resistência (morte em confronto com a PM) — também caiu 22%. Foram registrados nove casos no ano passado, contra sete este ano.
Os furtos, em geral, caíram 30,7% em Friburgo. De acordo com o ISP, 323 casos foram registrados até abril deste ano. Nos quatro primeiros meses do ano passado o número foi maior: 466 ocorrências. Caíram os furtos a transeuntes, bicicletas e veículos. No entanto, subiram os furtos de celular e a ônibus, ambos seis casos a mais que o mesmo período de 2018.
Já os casos de estupro registrados na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), em Nova Friburgo, se mantiveram, praticamente, estáveis no período. Os números, contudo, são expressivos: a Deam recebeu 25 denúncias de janeiro a abril do ano passado. Neste ano, até abril, foram 26 ocorrências de estupro.
Mais apreensões de armas
Ainda segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), dobrou o número de armas apreendidas pela Polícia Militar no município nos últimos quatro meses. Este ano, foram 47 no total, sendo 23 revólveres, nove pistolas e nove espingardas. No ano passado, de janeiro a abril, a polícia apreendeu 24 armas, a metade pistolas. Não houve apreensões de fuzis, por exemplo.
A tendência é que os índices de criminalidade na cidade continuem em queda, já que o governo do estado retomou o pagamento da hora extra remunerada, conhecida como Regime Adicional de Serviço (RAS), que amplia o número de policiais militares nas ruas. O benefício também é pago aos policiais civis.
Atualmente, o valor mínimo pago pelo RAS é R$ 112,50. Com o reajuste, para os policiais que atuam com a carga horária de seis horas de trabalho, o aumento será nos seguintes valores: nível A, de R$ 187,50 para R$ 277,58; nível B; de R$ 150 para R$ 222,06 e nível C, de R$ 112,50 para R$ 166,55.
Já para os policiais que fazem turnos de oito horas os novos valores do RAS serão: nível A, de R$ 250 para R$ 370,10; nível B, de R$ 200 para R$ 296,08 e nível C, de R$ 150 para R$ 222. Os profissionais que trabalham na escala de 12 horas terão o seguinte aumento: nível A, de R$ 375 para R$ 555,16; nível B, de R$ 300 para R$ 444,12 e nível C, de R$ 225 para R$ 333,09.
Segundo o governador Wilson Witzel, a medida não causará impacto aos cofres públicos, nem mesmo aumento dos gastos, mantendo inalterado o valor total permitido pelo orçamento estadual. O governador justificou que o reajuste do benefício será possível devido a otimização de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e da reorganização da estrutura do RAS na Polícia Civil.
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