Fotos e texto: Alex Sandro Santos
Espalhadas por Nova Friburgo, as plantações de rosas garantem aos olhos admiração e encanto e, claro, um bom rendimento financeiro aos produtores da espécie. A rosa é uma das flores mais procuradas em datas comemorativas como os dias das Mães e dos Namorados, e é muito utilizada no dia-a-dia em arranjos e como presente romântico por quem almeja conquistar o coração de alguém.
Em Nova Friburgo, a Janela das Andorinhas é o local onde as mudas de rosas são cultivadas em escala comercial. Os produtores deste pacato lugarejo atendem a demanda de todos os outros produtores de Stucky, Colonial 61, Vargem Grande, Riograndina, Conselheiro Paulino e Vargem Alta. Eles também vendem as mudas a cidades vizinhas como Petrópolis e Bom Jesus de Itabapoana.
A família Farias Ferraz é uma das responsáveis pela cidade ser destaque atualmente no cenário da floricultura em território brasileiro. A família aprendeu o ofício ao trabalhar para japoneses, os quais introduziram a cultura da rosa na cidade serrana, e começou a cultivar a planta como fonte de renda. Décadas atrás, em lugares como Vargem Alta, por exemplo, que hoje produz 80% das flores de todo o município, só existiam plantações de inhame e outros produtos similares. Foram eles que influenciaram os produtores daquela região a trocar de tradição, enfatizando que, para se faturar com flores, bastava bem menos espaço de terra e, uma vez plantadas, poderiam ser colhidas o ano todo.
Leandro Farias Ferraz (foto abaixo), 24 anos, aprendeu a cultivar as mudas com o pai, Ananias, que há mais de 35 anos desenvolve este trabalho em Friburgo. Além das rosas de corte, Leandro, que já produz a flor de forma autônoma há cinco anos, está iniciando a produção de mudas da própria planta, sendo que para jardim. Ele conta que para se ter uma roseira com total vitalidade, com belas flores diárias, são necessários alguns cuidados e por isso planeja oferecer assistência de cultivo àqueles que queiram embelezar suas casas com roseiras de enxerto.
As mudas, tanto para o ramo comercial como para jardins, são preparadas no fim de abril. São utilizados os cavalos de rosa (espécie que serve como base inicial à produção), que são cortados com cerca de vinte centímetros de altura e fixados na terra previamente adubada, com apenas um broto. Após o período de 60 dias, já estará enraizado e pronto para receber o enxerto. A borbolha, popularmente conhecida pelo nome de broto, é que determinará a cor e a qualidade da futura rosa e será implantada com um pequeno corte de canivete no lugar daquele jovem broto no cavalo de rosa, sendo amarrada por uma fina fita de plástico. É utilizado ainda um adubo químico, composto por fósforo, nitrogênio e cálcio, que proporcionará o bom desenvolvimento da jovem planta. Três meses após o enxerto, a muda já estará pronta para ser comercializada a R$ 0,50 cada. Em média, são encomendadas a Leandro 50 mil mudas por ano. Para mais informações e encomendas os interessados podem ligar para (22) 2540-1313.
480 mil rosas por mês
Um dos piores inimigos da muda é uma doença denominada miuds, que atinge a parte aérea da roseira. É aconselhável não regá-la à tarde, para evitar a alta umidade durante a noite, e podá-la, para que a mesma amadureça mais rapidamente e se fortifique. Existem químicos específicos para combater e proteger a planta de tal doença.
Uma roseira começa a florir em escala comercial após o período de oito meses e sua produção a todo o vapor alcança quatro anos. O jovem Farias Ferraz vê o comércio da floricultura como um mercado em expansão e considera um bom negócio. Entretanto, aos que pensam em entrar neste ramo é necessário investir no mínimo em dez mil mudas da planta, ter um bom contato no Centro Comercial de Floricultores (Cadeg), localizado em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, para onde se destina praticamente toda a produção de flores de Nova Friburgo, e possuir um veículo para a entrega. Para se ter uma ideia, no verão, estação que favorece a floração das rosas, uma plantação com tal quantidade básica de roseiras permite colher, em média, cerca de 480 mil rosas por mês.
Fotos e texto: Alex Sandro Santos
spalhadas por Nova Friburgo, as plantações de rosas garantem aos olhos admiração e encanto e, claro, um bom rendimento financeiro aos produtores da espécie. A rosa é uma das flores mais procuradas em datas comemorativas como os dias das Mães e dos Namorados, e é muito utilizada no dia-a-dia em arranjos e como presente romântico por quem almeja conquistar o coração de alguém.
Em Nova Friburgo, a Janela das Andorinhas é o local onde as mudas de rosas são cultivadas em escala comercial. Os produtores deste pacato lugarejo atendem a demanda de todos os outros produtores de Stucky, Colonial 61, Vargem Grande, Riograndina, Conselheiro Paulino e Vargem Alta. Eles também vendem as mudas a cidades vizinhas como Petrópolis e Bom Jesus de Itabapoana.
A família Farias Ferraz é uma das responsáveis pela cidade ser destaque atualmente no cenário da floricultura em território brasileiro. A família aprendeu o ofício ao trabalhar para japoneses, os quais introduziram a cultura da rosa na cidade serrana, e começou a cultivar a planta como fonte de renda. Décadas atrás, em lugares como Vargem Alta, por exemplo, que hoje produz 80% das flores de todo o município, só existiam plantações de inhame e outros produtos similares. Foram eles que influenciaram os produtores daquela região a trocar de tradição, enfatizando que, para se faturar com flores, bastava bem menos espaço de terra e, uma vez plantadas, poderiam ser colhidas o ano todo.
Leandro Farias Ferraz (foto abaixo), 24 anos, aprendeu a cultivar as mudas com o pai, Ananias, que há mais de 35 anos desenvolve este trabalho em Friburgo. Além das rosas de corte, Leandro, que já produz a flor de forma autônoma há cinco anos, está iniciando a produção de mudas da própria planta, sendo que para jardim. Ele conta que para se ter uma roseira com total vitalidade, com belas flores diárias, são necessários alguns cuidados e por isso planeja oferecer assistência de cultivo àqueles que queiram embelezar suas casas com roseiras de enxerto.
As mudas, tanto para o ramo comercial como para jardins, são preparadas no fim de abril. São utilizados os cavalos de rosa (espécie que serve como base inicial à produção), que são cortados com cerca de vinte centímetros de altura e fixados na terra previamente adubada, com apenas um broto. Após o período de 60 dias, já estará enraizado e pronto para receber o enxerto. A borbolha, popularmente conhecida pelo nome de broto, é que determinará a cor e a qualidade da futura rosa e será implantada com um pequeno corte de canivete no lugar daquele jovem broto no cavalo de rosa, sendo amarrada por uma fina fita de plástico. É utilizado ainda um adubo químico, composto por fósforo, nitrogênio e cálcio, que proporcionará o bom desenvolvimento da jovem planta. Três meses após o enxerto, a muda já estará pronta para ser comercializada a R$ 0,50 cada. Em média, são encomendadas a Leandro 50 mil mudas por ano. Para mais informações e encomendas os interessados podem ligar para (22) 2540-1313.
480 mil rosas por mês
Um dos piores inimigos da muda é uma doença denominada miuds, que atinge a parte aérea da roseira. É aconselhável não regá-la à tarde, para evitar a alta umidade durante a noite, e podá-la, para que a mesma amadureça mais rapidamente e se fortifique. Existem químicos específicos para combater e proteger a planta de tal doença.
Uma roseira começa a florir em escala comercial após o período de oito meses e sua produção a todo o vapor alcança quatro anos. O jovem Farias Ferraz vê o comércio da floricultura como um mercado em expansão e considera um bom negócio. Entretanto, aos que pensam em entrar neste ramo é necessário investir no mínimo em dez mil mudas da planta, ter um bom contato no Centro Comercial de Floricultores (Cadeg), localizado em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, para onde se destina praticamente toda a produção de flores de Nova Friburgo, e possuir um veículo para a entrega. Para se ter uma ideia, no verão, estação que favorece a floração das rosas, uma plantação com tal quantidade básica de roseiras permite colher, em média, cerca de 480 mil rosas por mês.
alex.sandro.fotografias@gmail.com
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