Rogério Cabral: por uma Friburgo recuperada e orgulhosa

Prefeito faz previsões otimistas e anuncia inaugurações e início de obras em todos os setores de sua administração
quinta-feira, 14 de maio de 2015
por Ana Borges
O prefeito Rogério Cabral é otimista quanto ao futuro de Nova Friburgo (Lúcio Cesar Pereira/A Voz da Serra)
O prefeito Rogério Cabral é otimista quanto ao futuro de Nova Friburgo (Lúcio Cesar Pereira/A Voz da Serra)
Se depender do estado de espírito do prefeito Rogério Cabral, os friburguenses terão o que festejar ao longo deste ano e do próximo. Confiante, ele fez previsões otimistas e anunciou inaugurações e início de obras em todos os setores de sua administração. Em entrevista exclusiva concedida na sede do jornal, na manhã de quinta-feira, 14, o prefeito enumerou as conquistas de sua gestão e destacou a solução definitiva de alguns problemas recorrentes que afligiam a população.

Quando assumi o governo tomei medidas para cortar gastos, o que muitos municípios só estão fazendo agora, com a crise instalada
Apesar das dificuldades enfrentadas pelo país, refletidas em cada município brasileiro, Rogério Cabral mantém a perspectiva de seguir em frente, acreditando que é possível progredir, apesar de tudo.

A Voz da Serra - Como tem sido administrar um município com as dificuldades financeiras que o país e, consequentemente, o município vêm enfrentando?
Rogério Cabral –
Quando assumi o governo tomei medidas para cortar gastos, o que muitos municípios só estão fazendo agora, com a crise instalada. Esse foi o dever de casa que nós fizemos e que colocamos em prática no início da nossa administração. Por isso, hoje, estamos numa situação um pouco melhor, e poderíamos até estar num patamar, digamos, confortável, não fosse o montante significativo de dívidas que tivemos que pagar.

Qual o tamanho dessa dívida?
Da ordem de 100 milhões, sendo que 27 milhões foram pagos em dinheiro vivo. Penso no quanto poderíamos ter feito se esse dinheiro tivesse sido investido, de fato, na cidade. Mas, se não pagamos, o município fica inadimplente e temos as contas bloqueadas, sem receber os repasses do governo federal e estadual. Recentemente recebemos uma nova cobrança, da Receita Federal, referente ao pagamento do INSS de governos anteriores, no valor de 92 milhões de reais. Vamos investigar esse valor para confirmar essa dívida e se confirmada, vamos negociar e pagar. Não tem outro jeito.

Dívida paga, que medidas o senhor tomou?
Tudo posto em dia, passamos a ter condições financeiras de avançar, primeiro equipando a prefeitura para montar uma infraestrutura eficiente, com condições para desenvolver os projetos que tínhamos. Ao mesmo tempo, fizemos uma reserva para investir em mobilidade urbana: como a terceira pista desde o Hospital Raul Sertã até o Centro de Esportes, que já foi recuada; a mão dupla da Gal. Osório; a estrada que liga a RJ-130 a Conselheiro Paulino, passando pelo Girassol, que já está praticamente pronta. Enfim, tudo isso, entre outras, são obras a serem inauguradas a curtíssimo prazo. E há licitações em andamento para outras obras. Como em Olaria e no Paissandu.

Sobre a Saúde, o que o senhor tem a dizer para a população?
A parte externa do Hospital do Câncer, por exemplo, está passando por sondagens e algumas alterações, como o desmonte para posterior montagem do canteiro de obras. A transferência de árvores está em andamento, e a quadra também está sendo alterada para receber uma edificação de quatro metros de altura. Este hospital deve ser entregue no final de 2016.

E o Raul Sertã?
Aquele prédio vem sendo degradado há anos, passando por reformas superficiais, que não ataca o problema na sua fonte, que é a estrutura. E isso é complicado, porque para mexer, por exemplo, no telhado, que está todo comprometido, bem deteriorado, teríamos que fechar o hospital. De “puxadinho” em “puxadinho”, sem planejamento, as paredes vão sofrendo infiltrações que provocam mofo. Agora, o que importa é que temos investido em novas construções, instalações e equipamentos, mas de acordo com um planejamento criterioso. Inclusive estamos providenciando a implantação de uma rede de dados sobre os pacientes na internet para agilizar o atendimento e procedimentos, como já está acontecendo na administração.

Tem como fazer uma breve avaliação de investimento público no município no seu mandato?
Breve e diretamente falando: nós somos a segunda carteira de investimentos da Caixa (CEF), perdemos apenas para a prefeitura do Rio — que, é bom lembrar, está se preparando para fazer a Olimpíada, portanto recebendo muitos investimentos. Temos o que pode ser traduzido como projetos em execução. Por exemplo, a obra do Vilage estava parada desde 2011 e conseguimos resolver articulando e conversando com secretários e o governo do estado. Esta era uma obra que perigava ser arquivada. Lá, não há dinheiro do município, como em várias obras. Em outras, há contrapartida nossa.

Quanto a creches, o que vem sendo feito?
Temos várias para inaugurar: em Maringá (Riograndina); outra em fase de acabamento em Lumiar; em Vila Nova, com a possibilidade da construção de uma escola ao lado da creche, em parceria com o Sesc; e um colégio em São Jorge, que pretendemos inaugurar este ano, no máximo no início do ano que vem. Tem ainda as unidades de São Geraldo para este ano, e do Rui Sanglard, que será entregue aos moradores ano que vem.

E na cultura, o que há para se comemorar?
Além da inauguração da reforma e modernização da Biblioteca Municipal, estamos negociando com o Sesc a reabertura do Casarão e do Centro de Arte (cujo teatro Bebete Castilho já está sendo recuperado pela prefeitura). Poderia adiantar que já alcançamos uns 90% de acerto nesta negociação. Não quero dizer 100% porque isso só depois que assinarmos esse acordo. Agora, quanto ao futuro do antigo fórum — que, aliás, pertence ao estado, e no momento estamos oficializando a doação para o município — queremos discutir o assunto com o Conselho de Cultura, ouvir quem queira se pronunciar, quer dizer, conversar com as pessoas ligadas à cultura para que possamos chegar a um consenso sobre sua destinação. Não quero que seja, nem deve ser uma decisão política do prefeito.

Uma secretaria pouco citada é a de Assistência Social. O que o senhor pode falar sobre essa área?
Finalmente esta secretaria está tendo o status que merece. Conseguimos trazer do governo estadual uma profissional que está transformando a maneira de atender a população, dando a efetiva assistência que a população que recorre a ela precisa e merece. Inauguramos Creas, Cras, e estamos cumprindo várias determinações do Ministério Público — do contrário, faríamos novas dívidas. 

E sobre o projeto Cidade Limpa, em que estágio se encontra?
A ideia é encaminhar para a Câmara Municipal para que seja discutida e votada pelos vereadores. Acho que o Legislativo deveria promover audiências públicas para definir uma proposta que seja o resultado de uma ampla discussão com a sociedade, já que deve contar com a adesão de toda a população.

  • O prefeito Rogério Cabral é otimista quanto ao futuro de Nova Friburgo (Lúcio Cesar Pereira/A Voz da Serra)

    O prefeito Rogério Cabral é otimista quanto ao futuro de Nova Friburgo (Lúcio Cesar Pereira/A Voz da Serra)

  • O prefeito Rogério Cabral posa para foto com os diretores de A Voz da Serra, Adriana e Gabriel Ventura (Lúcio Cesar Pereira/A Voz da Serra)

    O prefeito Rogério Cabral posa para foto com os diretores de A Voz da Serra, Adriana e Gabriel Ventura (Lúcio Cesar Pereira/A Voz da Serra)

  • (Lúcio Cesar Pereira/A Voz da Serra)

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  • O prefeito Rogério Cabral é otimista quanto ao futuro de Nova Friburgo (Lúcio Cesar Pereira/A Voz da Serra)

    O prefeito Rogério Cabral é otimista quanto ao futuro de Nova Friburgo (Lúcio Cesar Pereira/A Voz da Serra)

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