Maurício Siaines
A décima edição da roda de choro da Sociedade Musical Euterpe Lumiarense (Smel) ocorreu no último sábado, 20 de outubro, na sede da entidade, na Praça Levi Aires Brust s/n, no centro de Lumiar. O espaço foi insuficiente para conter as pessoas—68 assinaram a lista de presença—e algumas assistiram à apresentação do lado de fora. O número crescente de espectadores das rodas de choro reforça a preocupação dos diretores da Euterpe Lumiarense com a reforma da sede, construída nos anos 1960, a fim de se aproveitar outra sala maior, hoje desativada.
Participaram do espetáculo Fernando Abi Ramia e Ronaldo Zanon, em violões de sete cordas, Beto Fonseca e Sérgio Prata, em cavaquinhos, Saulo Dansa, no trombone, e Orlando Schornbaum, no pandeiro. A execução de composições conhecidas, de Pixinguinha, Jacob do Bandolim e outros chorões famosos acontecia como se fossem conversas entre os instrumentos. Às vezes, era o trombone que iniciava uma “fala”, logo “comentada” por um cavaquinho, outras vezes era um cavaquinho que “puxava o assunto”, “debatido” pelos violões.
Ao final da apresentação Sérgio Prata lembrou aos presentes que os músicos contribuem para o desenvolvimento da entidade ao abrirem mão de seus cachês e qualquer outra remuneração, para o desenvolvimento da banda de música como um projeto de caráter sociocultural. Beto Fonseca disse que “as rodas de choro já vêm de algum tempo, inclusive porque muitos músicos de choro têm vindo para a região de Lumiar e São Pedro da Serra”.
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