Rio de Janeiro ganha mapa de cultura na web

www.mapadecultura.rj.gov.br
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
por Jornal A Voz da Serra

São 92 vídeos, sete mil fotos e três mil verbetes sobre a cultura em todos os municípios do Rio disponibilizados em um portal na web e nas redes sociais. O mapa aborda as principais manifestações culturais, artistas, personagens, patrimônio material e imaterial do estado, gerando também uma enciclopédia online com dicas e informações de serviço. O Mapa de Cultura é um projeto da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), com patrocínio da Petrobras e coordenação, produção e conteúdo da Diadorim Ideias. O portal é colaborativo e estará sempre aberto a novos conteúdos 
O Mapa de Cultura do Rio de Janeiro, que foi lançado na web em novembro de 2012, é uma enciclopédia digital sobre a cultura do estado do Rio de Janeiro: do Quilombo de São José, em Valença, às rodas da Mana-Chica de São Francisco do Itabapoana, das batalhas de MCs que movimentam os domingos de Teresópolis às rodas de jongo, forrós e Folias de Reis, presentes em várias cidades. 
Para o levantamento, três equipes de pesquisadores, fotógrafos e cinegrafistas percorreram os 92 municípios do estado entre outubro de 2011 e março de 2012. Foram 120 dias de viagem e 10 mil quilômetros rodados. Neste esforço de catalogação inédito, foram mapeados patrimônios materiais, imateriais, personagens e artistas locais, destaques na dança, nas artes plásticas, no teatro, no cinema, no artesanato, no circo e na literatura. 
As equipes em campo retrataram um Rio de Janeiro tradicional e moderno, de raízes afro-brasileiras, caiçaras, indígenas e europeias. Um Rio de Janeiro que também tem sua Finlândia, em Itatiaia, e seu Japão, em Itaguaí, com colônias de imigrantes que preservam costumes típicos; sua Itália, em Porto Real, com direito a dança italiana e muita massa; e o Líbano fluminense, em Cambuci, onde a língua árabe pode ser ouvida com frequência.
“Traçar o Mapa de Cultura do Rio de Janeiro era uma prioridade da Secretaria de Estado de Cultura, um dos nossos projetos mais importantes e necessários”, diz a secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes. “Ele nos ajudará a conhecer mais a fundo o tecido que forma a cultura do nosso estado, fará uma radiografia do que realmente são nossos 92 municípios e nos fornecerá subsídios para a elaboração do Plano Estadual de Cultura. Além disso, o Mapa é um importante instrumento de valorização do patrimônio fluminense e de disseminação da cultura, sobretudo do interior do estado.”
 O Mapa de Cultura do Estado do Rio foi produzido pela agência de conteúdo Diadorim Ideias. “Como tínhamos pouco tempo em cada local, optamos por fazer pequenos documentários sobre uma manifestação ou artista de cada município. Temos, por exemplo, vídeos muito interessantes mostrando o trabalho de bonequeiros de Cabo Frio, da Casa da Flor, em São Pedro da Aldeia e Mãe Meninazinha de Oxum, na Baixada Fluminense e os Cirandeiros de Paraty, para falar apenas de alguns. O trabalho fotográfico vai na mesma direção, temos ensaios de festas religiosas, de pratos típicos e de personagens maravilhosos do interior fluminense que virão à tona com esse trabalho”, diz Teresa Karabtchevsky, que dividiu a coordenação do trabalho com Ana Madureira de Pinho. 
 Entre as descobertas da equipe do Mapa, vale destacar o Cineclube Tupinambá, na zona rural de Morro Grande, em Araruama, criado pela dupla de rapazes Felipe e Formigão. Depois de participarem de uma oficina de vídeo ambiental, eles resolveram produzir vídeos e exibi-los em um cineclube montado numa estrada de terra. Acabaram ganhando o apoio da comunidade para produzir novos vídeos. O MOF (Meeting of favela), que acontece todo mês de dezembro em Duque de Caxias e é considerado o maior festival de grafite da América Latina, reunindo 3 mil grafiteiros de todo o mundo, também foi registrado – inclusive, em vídeo – pela equipe do Mapa. O MOF permanece desconhecido do grande público, embora aconteça na Baixada Fluminense. 
 
Cultura Popular
Por todo o estado ecoam manifestações populares, como as Pastorinhas de Pádua; a Cavalhada de Campos dos Goytacazes; o Mineiro Pau de Miracema; o Boi Pintadinho de Italva; o Caxambu de Porciúncula; o Calango de Vassouras; a Ciranda de Paraty, a Mazurca de Resende. Bandas centenárias, como a Sociedade Musical Beneficiente Euterpe Friburguense, a Lyra dos Conspiradores, de Macaé, ou a Fraternidade Cordeirense ainda dão o tom das nossas festas, junto com corais, grupos de samba e choro, rock, hip-hop e funk. Festas, aliás, são nosso forte: temos uma variedade delas, religiosas e pagãs. Festivais como a FLIP, em Paraty, o Rio das Ostras Jazz & Blues, a FITA (Festival Internacional do Teatro de Angra dos Reis) e o Festival do Vale do Café, no Vale do Paraíba. E festas tradicionais, como a celebração do 13 de Maio no Quilombo São José, em Valença; a Festa do Divino, em Paraty; a Noite do Jongo, em Vassouras. 

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