Grupos de defensores dos animais iniciaram na última quinta-feira, 19, um movimento nas redes sociais a fim de denunciar maus-tratos que estariam sendo praticados por um casal de comerciantes em uma pet shop no Centro e em um canil na Chácara do Paraíso. O movimento ganhou adesões e um grupo de defensores se concentrou na tarde desta sexta-feira, 20, em frente à loja, na Rua Prefeito José Eugênio Müller, no Centro, quando autoridades estiveram no local para averiguar a situação.
Cristiane Passos Cardoso, do grupo Bom pra Cachorro (facebook/bompradogs) estava presente. Ela é uma das que tentam fazer a diferença com relação à questão do bem-estar animal, seja resgatando, adotando ou conseguindo lares temporários. O grupo também arrecada valores para despesas com veterinários e compras de ração. "O que puder fazer diferença de alguma forma nós fazemos”, diz.
Segundo Cristiane, a denúncia dava conta que os comerciantes tinham um canil na Chácara do Paraíso em péssimas condições de higiene, chegando ao cúmulo de haver um cão morto entre os demais vivos, além das más condições da água. Havia a possibilidade de encontrar condições insalubres para os animais também na loja do Centro.
As autoridades foram avisadas e na tarde desta sexta-feira, 20, foi desencadeada uma operação para apurar as denúncias, reunindo grupos de defensores dos animais, imprensa e também curiosos. De acordo com Cristiane, quando as autoridades chegaram ao canil da Chácara do Paraíso, os animais haviam sido removidos do local e os denunciantes queriam saber para onde haviam sido levados.
O representante da Superintendência do Bem-Estar Animal (Subea), órgão da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Luiz Fernando de Oliveira Caetano, acompanhava a operação. Ele confirmou que na Chácara do Paraíso não havia mais nada, pois o local havia sido desfeito. No entanto foram tiradas fotografias, já encaminhadas ao Ministério Público, onde o processo terá continuidade. Na loja do centro nada foi constatado. A Subea vai acompanhar o caso.
Casos recentes de maus-tratos a animais assustaram a cidade
Maus-tratos a animais, principalmente os de rua, em Nova Friburgo não são novidade. Infelizmente. Em agosto de 2014, a população friburguense se espantou com o caso de dois jovens que pisotearam um filhote de gato até a morte. Após alguns meses a cidade voltou a assistir mais um triste episódio, onde dessa vez a vítima foi um cavalo que teria sido abandonado na Via Expressa, em Olaria, e agonizou durante vários dias e, depois de morrer, acabou sendo queimado sob ordens de membro do governo que alegou na época que sua equipe teve dificuldades para remover a carcaça do animal das margens do Rio Cônego devido a dificuldade de acesso. Devido ao forte odor da decomposição do cavalo, optou-se por atear fogo junto a pneus. A ação rendeu inúmeras críticas e gerou polêmica.
No início do ano passado, a Subsecretaria do Bem-Estar Animal (Subea) — através da Secretaria do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Urbano Sustentável de Nova Friburgo — lançou uma campanha visando conscientizar a população sobre a importância da proteção animal e do respeito a esses seres, principalmente os que hoje estão nas ruas, sofrendo maus-tratos. A iniciativa visava reduzir as incidências de crueldade que ainda são registradas no município.
A causa da grande indignação dos protetores desses animais é saber que nem sempre o responsável é punido. De acordo com o artigo 32 da Lei Federal nº 9.605 de 1998 esta prática é criminalizada, e prevê multa e detenção de três meses a 1 ano. Em caso de morte do animal, a pena é aumentada de um sexto a um terço. No artigo 225 da Constituição Federal também está prevista a proteção aos animais. Os atos de crueldade cometidos contra os animais são muitos — abandono, envenenamento, agressão física, mutilação e outros — e devem ser denunciados por todos.
PM investiga se ocorreu tentativa de homicídio ou se o tiro foi disparado acidentalmente
Um jovem de 16 anos foi baleado na noite da última quinta-feira, 19, no Jardim Ouro Preto, distrito de Conselheiro Paulino, por volta das 22h30. O menor foi atingido no abdômen e levado ao Hospital Municipal Raul Sertã. A ocorrência foi registrada como tentativa de homicídio na 151ª DP, porém até o final da tarde de sexta-feira, 20, essa possibilidade não havia sido constatada, pois a polícia averigua também a hipótese do disparo ter sido acidental e efetuado por um outro menor.
O adolescente revelou aos policiais que estava com outros menores moradores do bairro Rui Sanglard quando foi atingido pelo disparo. Ele disse ainda que consumia drogas no momento do atentado e não soube explicar de onde partiu o disparo. Agentes do serviço reservado (P2) do 11º BPM também investigam o caso.
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