O presidente da CCJ, João Paulo Cunha (PT-SP), réu no processo do Mensalão que tramita no STF, pressionou a emenda que aumenta o salário do judiciário, inclusive dos ministros que irão julgá-lo por corrupção. Mas o nobre deputado, na cara dura, negou que a decisão que aumenta o salário dos ministros de R$ 26,7 mil para R$ 32 mil possa influenciar seu processo: “Não vou deixar de cumprir minhas responsabilidades por causa do processo”, justificou. Essa tacada de João Paulo Cunha, repito, réu do mensalão, é como dizer: “Se eu não posso suborná-los indevidamente para que me absolvam, melhor fazê-lo nos trâmites da lei”.
Aliás, causa-me espanto que os “guardiões da lei e da justiça” estejam desesperadamente cobrando um aumento por parte do executivo. Trabalham pouco e mal—pois a culpa da impunidade é deles—são cheios de regalias, ganham muito mais do que deviam e ainda não estão satisfeitos? Não, não estão.
Assim como as outras instâncias querem uma fatia maior do nosso dinheiro. Sempre pensei que a última instância que poderia salvar nosso país dessa podridão que está, se é que isso fosse possível, seria o judiciário, ou melhor, viria do poder judiciário. Mas este, assim como os deputados, senadores, governadores, prefeitos, vereadores e boa parte do funcionalismo público, também já se prostituiu há tempos. O que me leva a crer que é o fim!
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