A representação regional da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) no Centro-Norte fluminense promoveu evento na noite de terça-feira, 4, no espaço de festas Commemori, para prestação de contas das atividades realizadas em 2018 e confraternização de fim de ano. Na ocasião, o presidente da representação regional, Carlos Eduardo de Lima pontuou as principais ações desenvolvidas e comentou as perspectivas para o 2019.
O mesmo fizeram os presidentes dos sindicatos de empresas da região que participaram do evento, entre eles Gustavo Sarruf, do Sindicato das empresas da Construção Civil (Sinduscon); Paulo César Rodriguez e Fernando Lemgruber, do Sindicato da Alimentação; Marcelo Porto, do Sindicato das Indústrias do Vestuário (Sindvest); J. Fernandez, do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas (Sindmetal) e Márcia Carestiato, do Sindicato das Indústrias Gráficas, que aproveitou a ocasião para homenagear a conselheira da Firjan e diretora de A VOZ DA SERRA, Adriana Ventura, pela colaboração do jornal na divulgação das ações da representação regional da Firjan ao longo do ano e pelo sucesso na continuidade na administração do veículo que vai completar 74 anos de circulação em abril de 2019. Márcia também homenageou o fundador do Sindicato das Industrias Gráficas, seu pai, Dalton Carestiato, conselheiro emérito da Firjan Centro-Norte fluminense .
Otimismo
Os empresários do Centro-Norte demonstram otimismo com a economia no próximo ano, inclusive apostando nas exportações para driblar a crise. Essa expectativa classificou a região como a que concentra o maior número de empresários otimistas do estado do Rio. É o que revela a nova edição da série produzida pela Firjan ‘Retratos Regionais: Cenário Econômico’, divulgada nesta quarta-feira, 5.
Segundo a última pesquisa, realizada em setembro, a produção da indústria local cresceu frente ao mês anterior. Com isso, tanto o Centro-Norte, como o Centro-Sul fluminenses, foram as únicas com resultado positivo nesse indicador, demarcando assim a recuperação econômica e a retomada da atividade industrial superior as demais regiões.
Nesse cenário, a expectativa positiva dos industriais – à frente, inclusive, da média nacional – é puxada pelo mercado de exportação. O destaque ficou com o segmento de vestuário e acessórios. “Esse segmento que tem papel importante na economia regional, principalmente na produção de lingerie e moda fitness com vocação exportadora”, assinala o presidente da Firjan no Centro-Norte fluminense, Carlos Eduardo de Lima.
O empresário explica que empresas que investem em exportação tem mais flexibilidade em momentos de crise, quando a demanda interna ainda está baixa. Com esperança de crescimento significativo nas exportações, a indústria deve comprar mais matéria-prima e prevê estabilidade no número de funcionários.
Carga tributária
O único ponto em que a região aparece pessimista no estudo é quanto aos investimentos. O que, segundo a analista de Estudos Econômicos da Firjan, Júlia Pestana, é um comportamento natural tendo em vista os cenários estadual e nacional. “Em um primeiro momento as empresas começam a retomar o ritmo da produção e proporcionalmente utilizar mais de sua capacidade instalada, e à medida que vão percebendo que estão conseguindo escoar a produção decidem por aumentar essa capacidade com novos investimentos. Outro fator importante é a recuperação efetiva da situação financeiras das empresas, que foi afetada pelo longo período de crise dos últimos anos”, explica.
Na pesquisa, os empresários apontam como principais entraves para a atividade industrial a elevada carga tributária, a falta de capital de giro e a demanda interna insuficiente. Lista que indica os desafios para os próximos governos, tanto no âmbito federal, como estadual. “É preciso enfatizar a importância das reformas estruturais, principalmente da Previdência Social, e do papel do ICMS para a competitividade, de modo a criar um ambiente favorável à retomada da atividade e do emprego”, pontua Nayara Freire, analista de estudos econômicos da Firjan, lembrando a crise fiscal enfrentada nos três níveis – federal, estaduais e municipais – e o momento de expectativa diante dos novos governos.
Ainda de acordo com Nayara, o cenário difícil se explica pela situação fiscal do estado, que é das mais graves do país, gerando impactos negativos sobre a segurança pública, a economia, renda, mercado de trabalho e também sobre os demais setores, como o comércio. A nova edição da pesquisa ‘Retratos Regionais: Cenário Econômico’, com dados econômicos do cenário internacional, do Brasil, estado do Rio e regiões fluminenses, pode ser assistida na íntegra através do Youtube Live. O link de acesso é https://goo.gl/ydLXbt .
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