Renato Bravo anuncia nesta quarta os nomes dos novos secretários

Diplomação do prefeito, vice e vereadores será dia 16 na Câmara Municipal de Nova Friburgo
terça-feira, 06 de dezembro de 2016
por Ana Borges
(Foto: Henrique Pinheiro)
(Foto: Henrique Pinheiro)

Durante a campanha para o cargo de prefeito, o então candidato Renato Bravo pregava o diálogo permanente com a população, e estreitamento das relações com autoridades em Brasília e instituições como a Unicef e o Banco Mundial. Num de seus mais longos encontros — na Associação Comercial e Industrial (Acianf), no último dia 19 de setembro —, com eleitores, empresários e imprensa, o engenheiro civil e ex-vereador Renato Bravo apresentou seu programa de governo, acompanhado do vice Marcelo Braune. 

Com certa frequência, o candidato reiterou a importância do “diálogo para o fortalecimento das ideias, dos projetos, do processo democrático, especialmente num momento de tanto desgaste da política [e de políticos] e do estado de espírito da população”. Abriu a apresentação de seu programa descrevendo suas andanças e do que chamava a sua atenção. Percebeu uma realidade que sempre apontava para a necessidade, urgente, de cuidados em todos os bairros e distritos. Uns mais do que os outros. Em alguns casos, bem mais.

“Daqui a menos de dois anos Nova Friburgo completará 200 anos de fundação e precisamos refletir sobre como esta cidade se desenvolveu desde 1818, como se deu seu crescimento”. Ou inchaço. “O que queremos, o que devemos e o que podemos fazer, daqui pra frente, é o que devemos nos perguntar”, sugeriu. Em seguida, Bravo discorreu sobre saúde, educação, gestão ambiental e sustentabilidade, cultura, agricultura, esporte, lazer, turismo, mobilidade urbana. 

O prefeito eleito avaliou, na época, o “sem rumo” da saúde, e disse que pretendia, num primeiro passo, reverter essa situação através da informatização total, considerando que se tratava de uma ferramenta facilitadora e de fácil implementação, para acompanhar o atendimento ao usuário desde o primeiro momento. Esse atendimento básico, segundo ele, pode ser incrementado nos bairros e nos distritos, através de postos de saúde, clínicas de família e UPAs. 

Também disse acreditar que a retomada da Fundação Municipal de Saúde era fundamental, para, entre outras funções, regular o estoque de medicamentos e programar as licitações com a devida previsão-antecedência. “É inaceitável fazer, permanentemente, a compra de remédios de forma emergencial como vem sendo feita, o que pesa ainda mais no orçamento”, argumentou. 

Secretarias, máquina enxuta e política de resultados

O que os novos secretários — que serão anunciados nesta quarta, 7, em evento marcado para as 10h na UFF (antiga Fonf) — devem esperar, segundo o programa de governo apresentado por Bravo, é uma política de metas e resultados em todas as secretarias. O que, ressaltou, então, não significaria exigir metas absurdas, impossíveis de serem cumpridas. “Em tudo que envolve gestão pública vamos ter métodos compartilhados e pactuados. Queremos alcançar resultados que traduzam com honestidade e transparência o que o governo está fazendo, na saúde, na educação, em tudo. É preciso valorizar os profissionais, que estão desmotivados, e entendemos esse estado de espírito. Por isso, essa pactuação tem que ser feita em bases sólidas, verdadeiras e transparentes”, disse. 

O entrosamento das secretarias, “parceirizadas e compartilhadas”, com funcionários preparados e motivados, segundo Bravo, vai permitir o enxugamento racional da máquina administrativa, estancando o descontrole no trato do dinheiro público. Quanto a essa questão, Bravo foi contundente. 

“É preciso diminuir investimentos desnecessários. Insisto em dizer: não tenho compromisso com distribuição de cargos, com nomeações. A prefeitura tem hoje 1.084 cargos comissionados, o que é um absurdo, uma aberração. Com metade desses cargos extintos, conseguiremos economizar mais de R$ 30 milhões, anualmente. Enfim, com metas e resultados planejados, e enxugamento da máquina, certamente teremos um substancial retorno financeiro”, reiterou.  

Sobre educação e cultura, ele não tem dúvidas: o tempo integral é uma tendência mundial e uma meta a ser perseguida. Disse que, além da grade curricular obrigatória, pretendia investir em atividades artísticas (como música e dança), culturais (salas de leitura) e esportivas. 

“Temos um imenso celeiro de artistas, escritores, músicos, dançarinos, atletas, a maioria subaproveitada. É preciso abrir espaços para o desenvolvimento desses talentos que podem e devem passar adiante seus conhecimentos para as crianças e jovens. Quantos meninos e meninas estão por aí, com seus dons artísticos contidos, reprimidos por falta de oportunidade? É preciso dar chance para que aflorem”, defendeu.

No próximo dia 16, sexta-feira, às 15h, o prefeito eleito Renato Bravo, o vice Marcelo Braune e os 21 vereadores serão diplomados na Câmara Municipal de Nova Friburgo.

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