O homem por si só é um medroso, um acomodado quando se fala em mudança. Mudou os hábitos, mudou o seu caminho, aumentou o seu percurso; não concorda e não gosta.
Ao falar de trânsito, esquece o cidadão que este não é direcionado para uma só pessoa. O trânsito é direcionado para toda uma comunidade, para um conjunto de pessoas que vivem atreladas a ele e precisa de conforto.
Estou falando isso porque, na qualidade hoje de gestor do trânsito na cidade, estou promovendo devagar, devagarzinho, uma série de mudanças no nosso caótico trânsito. Queria ter feito antes, logo no início do ano, mas os imprevistos não deixaram. Essa tática é para evitar incômodos.
Quem presta atenção ao seu cotidiano está notando: são faixas diferentes, sinais mais sincronizados, agentes nas ruas, atenção às constantes reclamações e apelos, com resposta ao reclamante. Tudo que eu acho que o usuário tem direito.
Disse uma vez e repito hoje: o trânsito de Nova Friburgo tem que ser gerido com criatividade, humanidade e conhecimento de causa.
Não temos espaço para criar mais ruas e as obras de que falam tanto, no meu entender, vão desfigurar a nossa cidade.
O administrador do trânsito tem que estar ligado, percorrer as ruas – principalmente no rush - e ver o que incomoda a população, quais os locais de difícil acesso e quais os mais perigosos para o pedestre, idosos, deficientes, e aí tomar suas providências. Pode errar na dose, o que é explicável, mas nunca por omissão, que é a mãe da incompetência.
Nesse pós-catástrofe, estamos adotando algumas mudanças que são absolutamente necessárias. Foram estudadas até com muito tempo e paciência, algumas lançadas com o título de experimental.
Lutamos contra uma série de problemas que são impostos à Administração Pública, desde material até de pessoal. Às vezes, medidas simples de serem tomadas são obrigadas a levar um tempo maior, pois que nada pode e deve ser feito atropelando a legislação vigente. Mas está sendo feito, com muito carinho, perseverança e profissionalismo.
Agora, se você tiver que contestar alguma mudança feita no trânsito, faça duas coisas: primeiro analise o conjunto pelo lado do administrador e veja o valor, as consequências e o bem estar produzido para a comunidade, esqueça seu interesse pessoal; e em segundo plano, não faça ameaças ao administrador de convocar TV, jornais etc... Isso não resolve e nem vai mudar o objetivo traçado.
As modificações estão sendo feitas abertamente, com transparência e publicidade exigida por lei, podendo ser fiscalizadas por quem quer que seja, pois que se solicitado receberá todas as informações técnicas dos projetos elaborados sobre o assunto, sem maiores melindres.
Somos funcionários públicos e por tal devemos satisfações a quem nos solicitar.
Celso Novaes – Superintendente da AUTRAN
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