Por Alessandro Lo-Bianco
Quantas vezes você procurou uma vaga de trabalho e estava lá: “Pré-requisito: domínio da língua portuguesa”? É inegável que, se nos dias de hoje cobra-se um inglês fluente para algumas vagas, quanto mais o português, não é mesmo? Por isso, as empresas hoje cobram pela boa gramática e comunicação, afinal, seus funcionários são o seu cartão de visitas. Contudo, encontrar um profissional qualificado ainda é um problema para a maioria das corporações e com o Novo Acordo Ortográfico a tendência é piorar. Isso porque o português ainda representa um grave problema em nosso país.
De acordo com pesquisas do IBGE, na população acima de 15 anos, existem 14,2 milhões de analfabetos e 32,1 milhão de analfabetos funcionais. É um dado preocupante, a partir do pressuposto que a necessidade de avaliar a escrita de candidatos em uma entrevista é essencial. Em um exame realizado pelo Nube com 8.320 estudantes, 48% foram reprovados. A pesquisa realizou um teste ortográfico com 30 palavras de uso cotidiano, e o resultado deixou a desejar. Ou seja, este alto percentual de estudantes errou mais de seis palavras.
Segundo a gerente de treinamento Carmen Alonso “se a pessoa não domina nem o seu próprio idioma, dificilmente irá se destacar dentro de uma organização. Também não adianta querer falar inglês ou espanhol, sem ter plena sabedoria sobre o seu linguajar.”
A lei da nova ortografia já está valendo desde 2009 para a imprensa, instituições de ensino e documentos oficiais. Em 2013, ou seja, em menos de dois anos, o uso será obrigatório para todos. E você? Já está de acordo com as novas regras? Se não está, corra! Pois como diz o saudoso poeta Cazuza, “o tempo não pára”. Ops, erro meu! O acento do “pára” caiu! Não esqueça! Como eu ia dizendo, o tempo não para...
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