Os problemas relacionados à Saúde em Nova Friburgo parecem condenados a surgir no atacado. Na manhã de ontem, por exemplo, enquanto o secretário municipal de Saúde, Luis Fernando Azevedo, orientava pessoalmente as adaptações necessárias à liberação do hemocentro pela Vigilância Sanitária estadual, no refeitório do Hospital Municipal Raul Sertã começava uma greve parcial dos funcionários terceirizados, responsáveis pela preparação de alimentos.
A princípio, apenas as refeições dos pacientes internados seriam preparadas. Ao ser informado da situação, no entanto, o secretário montou uma equipe de apoio e orientou a compra de alimentos, assegurando — ainda que de forma precária e fora do horário habitual — a alimentação de médicos, funcionários e acompanhantes. Especialmente para os últimos, não houve qualquer extravagância: apenas um prato com arroz, feijão, salada e ovos (foto). Quando a comida ficou pronta, boa parte dos funcionários já havia se alimentado em restaurantes nas proximidades. Já para os pacientes, o almoço foi servido por volta do meio-dia.
Até o fechamento desta edição, não foi possível apurar com precisão a causa da greve. Enquanto a assessoria da Secretaria afirma que "aparentemente houve atraso no repasse de recursos entre a empresa contratada e seus funcionários”, fontes do hospital apontam um quadro diferente. "Na verdade, a greve partiu da própria empresa, e não dos funcionários, numa tentativa de pressionar a Prefeitura a repassar os recursos devidos.” Todas as fontes, contudo, atestam que qualquer que tenha sido o entrave financeiro, a situação já havia sido resolvida à tarde, normalizando a prestação do serviço.
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