Os servidores municipais de Nova Friburgo vão receber o salário nesta sexta-feira, 29, já com o reajuste concedido pelo prefeito Renato Bravo. A correção salarial de 5% sobre o vencimento-base será pago a todos os ativos, inativos e pensionistas, além de complemento para que ninguém receba menos de R$ 960 por mês.
Os professores nível 1 também tiveram reajuste de 17,38% para igualar o salário ao piso nacional do magistério. Metade dessa correção será paga este ano e o restante em 2019. Também começou a valer a nova carga horária semanal de 17 horas para orientadores e supervisores educacionais.
O pagamento do abono e dos adicionais de periculosidade, insalubridade e penosidade também continuarão sendo pagos normalmente.
“Para nós é um momento muito especial, já que os governos estadual e federal vêm enfrentando graves problemas financeiros. E enquanto muitos municípios enfrentam problemas para pagar sua folha, nós conseguimos com muito trabalho e esforço reajustar os vencimentos”, declarou o prefeito.
“Os servidores públicos de Nova Friburgo precisam ser valorizados e esse reajuste é uma demonstração disso. Eles trabalham no dia-a-dia da cidade, para manter o município em ordem e merecem toda a atenção da administração pública. É uma forma deles se sentirem motivados e cada vez mais engajados com Nova Friburgo”, acrescentou Bravo.
Para o Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Nova Friburgo (Sinsenf), porém, não houve aumento real e os salários continuam defasados, sobretudo, os servidores cujo piso é abaixo do salário mínimo nacional de R$ 954.
“O servidor que tem piso de R$ 807, com o reajuste de 5%, passará a ver no contracheque R$ 843,32 e vai receber um complemento para atingir os R$ 960. Antes desse reajuste, o servidor já recebia o mínimo nacional de R$ 954. Ou seja, na prática, o servidor vai receber somente R$ 6 a mais no salário”, disse o diretor secretário do Sinsenf, Luiz Fernando Bonin Freitas.
Bonin disse ainda que o sindicato, cuja nova diretoria tomou posse em abril, após longo período de intervenção judicial, não participou das negociações do reajuste, anunciado em maio, mas tem buscado tratar com o governo do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para os servidores.
“É urgente a aprovação de um PCCS para corrigir as defasagens salariais. O governo tem sinalizado que vai discutir isso conosco. Contamos também apoio da Câmara. Na próxima terça-feira, 3, às 17h30, vamos realizar mais uma reunião com os servidores para tratar desses e outros assuntos na sede do Sindicato dos Têxteis (Rua Augusto Spinelli, 84, Centro)”.
Aprovados por unanimidade pela Câmara Municipal na última semana, os três projetos de lei que tratam dos reajustes salariais e da mudança na carga horária de carreiras do magistério foram publicados nesta quinta-feira, 28, no Diário Oficial do município, em A VOZ DA SERRA.
Este ano, o reajuste vai elevar as despesas da Prefeitura de Nova Friburgo com pessoal em pouco mais de R$ 10.691 milhões, estimou a Secretaria Municipal de Finanças. Para os próximos dois anos de governo, a estimativa é de R$ 20.818 milhões em 2019 e R$ 23.039 milhões em 2020.
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