Raul Sertã: contrato para conclusão de obras deve ser assinado nesta quinta

Frienge, que venceu licitação, dará continuidade aos trabalhos. Investimento previsto é de R$ 4 milhões
quarta-feira, 27 de março de 2019
por Paula Valviesse (paula@avozdaserra.com.br)
O Hospital Municipal Raul Sertã (Arquivo AVS)
O Hospital Municipal Raul Sertã (Arquivo AVS)

A Prefeitura de Nova Friburgo anunciou que irá oficializar nesta quinta-feira, 28, o contrato para a conclusão das obras de expansão do prédio anexo do Hospital Municipal Raul Sertã. Com a licitação já realizada pelo governo do estado, a empresa vencedora, a friburguense Frienge, dará continuidade às intervenções, mas quem pagará a conta será a prefeitura, utilizando parte do recurso de R$ 26 milhões disponibilizado para o pacotão de obras do município.

A estimativa é que o investimento da prefeitura seja de R$ 4 milhões. A assinatura do contrato será realizada no próprio hospital, às 14h, com a presença do prefeito Renato Bravo, da secretária de Saúde, Tânia Trilha e do responsável pela construtora.

De acordo com a prefeitura, as obras já devem ser retomadas na próxima semana. Como o dinheiro a ser investido já está disponível em caixa, a intenção é de que a obra aconteça em ritmo acelerado. Pelo contrato, a previsão é de 15 meses, mas o objetivo do município é de que as obras sejam entregues em até dez meses, podendo ser inauguradas já no início do próximo ano.

Essa é a primeira obra do pacotão anunciado pelo Executivo em fevereiro a ser iniciada. Na ocasião, o prefeito destacou que a previsão é que sejam terminados os dois andares, ampliando o atendimento da unidade em mais 30 leitos de internação e também para mais atendimentos de urgência, no Centro de Tratamento e Terapia Intensivos (CTI), além da estruturação de uma nova lavanderia.

Dinheiro do pacotão seria inicialmente utilizado para a compra da Ypu

O valor destinado ao pacotão de obras por meio de aprovação legislativa, é fruto da venda de ações municipais da concessionária Energisa, que a princípio estava condicionada ao projeto de aquisição da Fábrica Ypu. O município, no entanto, perdeu o processo que movia para efetuar a compra do imponente prédio da fábrica de artefatos de couro.

A compra da Ypu foi um projeto iniciado na gestão anterior. Inicialmente arrematada em leilão em 2014, por R$ 14,5 milhões e que teve a prefeitura como única interessada, a Ypu acabou alvo de um processo judicial de reintegração de posse. O pedido para que o imóvel fosse retomado pela diretoria e acionistas da empresa foi acatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ) em junho do ano passado.

Apesar da possibilidade de recorrer em outras instâncias da decisão do TJ, o governo atual optou por dar uma nova destinação aos recursos. Segundo o prefeito, a venda das ações em um momento de alta do mercado financeiro resultou em R$ 23 milhões, que aplicados e com as correções monetárias chega hoje a R$ 25.861.000.

 

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