Raio-X do turismo: nova série visita cartões postais friburguenses

Objetivo é checar condições dos espaços. O primeiro deles é o Parque do Cão Sentado, recém-reformado
quinta-feira, 03 de agosto de 2017
por Dayane Emrich
A sinalização está boa, assim como a limpeza das trilhas (Foto: Henrique Pinheiro)
A sinalização está boa, assim como a limpeza das trilhas (Foto: Henrique Pinheiro)

 

O que define uma cidade como turística? O número de visitantes que ela recebe todos os anos e as diversas opções de atrações fazem parte da resposta, é claro. Em Nova Friburgo, por exemplo, além de muitos restaurantes, infinitas lojas de lingerie e moda fitness, há também trilhas, pedras e cachoeiras que fazem parte do roteiro de lazer. Somente no bairro de Furnas, no distrito de Conselheiro Paulino, estão dois dos destinos mais famosos da cidade e que não podem faltar, ou não deveriam, na lista de lugares já visitados pelo friburguense e também por quem vem de outros municípios do estado ou regiões do país: o Cão Sentado e o Véu das Noivas.

Considerado um dos cartões-postais e símbolos da cidade, a Pedra do Cão Sentado, com 111 metros de altura, recebe centenas de visitantes a cada fim de semana. “O movimento está muito bom, sendo 80% composto por turistas e 20% de friburguenses. Temos recebido uma média de 500 pessoas nos sábados e domingos. Vem gente de vários lugares do país, como Rio Grande do Sul, Bahia, Minas Gerais e de diversas cidades do estado do Rio de Janeiro”, conta Ronaldo Amorim, diretor do parque desde 2013.

Da capital carioca é de onde parte a maioria dos visitantes. É o caso do casal Deborah Orlandini, 28, e Rafael Camello, 30. Pela primeira vez em Nova Friburgo, os dois subiram a Pedra do Cão Sentado no último dia 17 de julho e garantem que vão voltar à cidade. “Adoramos a trilha! Embora seja difícil, por ser uma subida, ela é muito bem estruturada. Foi a trilha de maior contato com a natureza que já fizemos. O visual de todo o caminho e do próprio mirante é muito bonito. Vale a pena ir com calma, curtindo. Ficaram faltando alguns passeios, como as cachoeiras de Lumiar, que conheceremos na próxima visita”, afirmou Deborah.

No local, além da caminhada ecológica até o pico, com duração de 40 minutos, há outros tipos de atividade. São elas: arvorismo, tirolesa, muro de escalada, escalada em pedra, corda bamba, rapel e, para os menos radicais, o “pesque e devolva”. “Nessa atividade a gente usa o anzol sem farpa, para não machucar o peixe. Quanto às outras opções, tudo é feito com a supervisão de um profissional e com material de segurança”, disse Amorim.

Melhorias

Alvo de diversas reclamações nos últimos anos, inclusive de reportagem de A VOZ DA SERRA, divulgada em dezembro de 2014, por conta do estado precário das escadas que dão acesso à vista da pedra, o Parque do Cão Sentado vem recebendo uma série de melhorias. Na último dia 14 de julho, uma equipe de seis homens concluiu os trabalhos de reparos nas escadas e rampas da trilha principal do ponto turístico. “É um trecho difícil. Eles levaram 30 dias para finalizar toda a operação, já que era necessário carregar as madeiras nas costas até o mirante; cada um chegou a percorrer o trecho quatro vezes por dia, considerando a subida e descida”, explicou.

Além da substituição de ripas, degraus e corrimãos quebrados e apodrecidos, foi feita a limpeza de alguns trechos da trilha e abertas novas cavernas e grutas. “Agora há mais de 18 cavernas disponíveis para visitação”, exclamou o diretor.

Apesar das melhorias, para Carolina Medeiros, de 34 anos, ainda é possível tornar o lugar mais atrativo. “Gostei muito do passeio, mas acho que a cidade deveria investir mais no parque. A trilha é tranquila e bem sinalizada, mas acredito que podiam melhorar a lanchonete. A gente sai com os filhos de casa com o intuito de passar o dia nesse local, mas não há muita opções de refeição, o que nos obriga a sair do parque”, disse, acrescentando que “o espaço de lazer merecia um pouco mais de atenção, mais bancos e lugares para descansar, por exemplo, além de mais banheiros e, por que não, um vestiário para quem deseja tomar um banho ou trocar de roupa”, disse.

O Parque do Cão Sentado é privatizado e, apesar de ser considerado um dos principais pontos turísticos da cidade, não possui convênio ou parceria com o governo municipal e, portanto, não recebe verba da prefeitura para nenhum tipo de ação.

O trajeto

Para quem vai de carro, o trajeto do Centro até o Cão Sentado não é difícil. Embora não haja muitas placas indicando o local exato do parque, o trecho, todo asfaltado, é bem sinalizado. E um detalhe importante: há estacionamento gratuito no local. Por outro lado, para quem vai de ônibus a tarefa é um pouco mais complicada. A linha 210, que faz o trajeto do Centro a Furnas, circula somente com intervalos de uma hora e dez minutos entre as partidas - e geralmente atrasa. Nos domingos e feriados a linha contempla também outros bairros, como Belmont, o Loteamento dos Maias, Parque das Flores e Bairro Novo, o que torna o tempo de viagem ainda maior. Mais informações sobre os horários de ônibus podem ser obtidas pelo telefone (22) 2533-9900.

Serviço

Entrada no parque: R$ 12 (pacotes especiais para grupos)

Demais atrações: R$ 12

Horário de funcionamento da trilha: das 9h às 15h30

Horário de funcionamento do parque: das 9h às 17h, todos os dias da semana

Mais informações: (22) 99765-3876

 

  • A tirolesa em bom estado (Foto: Henrique Pinheiro)

    A tirolesa em bom estado (Foto: Henrique Pinheiro)

  • As escadas recém-reformadas (Foto: Henrique Pinheiro)

    As escadas recém-reformadas (Foto: Henrique Pinheiro)

  • Turistas sobem as trilhas (Foto: Henrique Pinheiro)

    Turistas sobem as trilhas (Foto: Henrique Pinheiro)

  • Gansos na paisagem (Foto: Henrique Pinheiro)

    Gansos na paisagem (Foto: Henrique Pinheiro)

  • O lago, sem lixo (Foto: Henrique Pinheiro)

    O lago, sem lixo (Foto: Henrique Pinheiro)

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