Quem usa a voz já tem onde estudar para preservá-la e aprimorá-la

Curso com José Spinto é ministrado na sede da Banda Euterpe
sexta-feira, 13 de julho de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Quem usa a voz já tem onde estudar para preservá-la e aprimorá-la
Quem usa a voz já tem onde estudar para preservá-la e aprimorá-la

Eloir Perdigão

O professor José Spinto, depois de longa carreira no Rio, marca presença agora também em Nova Friburgo. Na sede da banda Euterpe Friburguense (Avenida Euterpe Friburguense 53, Centro) ministra curso de canto e técnicas de impostação vocal com valor reduzido, para que ninguém que usa as cordas vocais fique de fora. Filho do saudoso cantor Vicente Celestino, Spinto é graduado como professor de canto na Universidade Mineira de Arte, onde fez curso de canto, teoria e solfejo, arte dramática, história da música, piano, além de aulas de italiano. Logo no início de suja carreira se destacou e recebeu inúmeros prêmios, entre os quais o Orfeu, de maior revelação lírica.

Ao longo de sua história profissional, Spinto apresentou-se nos principais teatros brasileiros, cantando diversas óperas; atuou em rádio e televisão divulgando a música lírica e ainda elaborou e trabalhou vozes dos cantores dos musicais “Evita”, “As Noviças Rebeldes”, e “Eu te amo, você é perfeita, agora muda”, com Wolf Maia, Daniele Winits, Silvia Massari, entre outros.

Atualmente Spinto é o cantor vivo que mais participou de operetas no Brasil e há 30 anos vem lecionando canto profissionalmente, corrigindo problemas vocais—articulação, respiração, colocação e impostação—, trabalhou as vozes de vários artistas da televisão, como Mauro Mendonça, Cláudia Abreu, Humberto Martins, Maurício Mattar, Adriana Esteves, Helena Rinaldi, Sílvia Bandeira, Thiago Lacerda e cantores como Eliana Pitman, Rosa Maria, Marina Lima, Cláudia, Márcia Cabral, Sheila Mattos, Márcia Albuquerque, Jorge Vercillo e Neguinho da Beija-Flor, entre outros.

Agora Spinto está em Nova Friburgo, cidade com a qual se diz encantado e feliz e “para ficar”, através do trabalho dos amigos Giovanni Bizzotto e Júlio César Sabra Cavalcante (Jaburu). Na sede da banda Euterpe Friburguense—que considera um “santuário”—, oferece sua experiência de 30 anos de trabalho no Rio. Vai continuar sua trajetória de professor, porque como afirma, “quero morrer no piano”.

Às segundas, quintas e sextas-feiras, na Euterpe, Spinto leciona canto, impostação vocal, articulação, dicção, respiração, interpretação, entre outras técnicas dessa área. Por enquanto, à tarde, mas há possibilidades de ministrar aulas também pela manhã. O professor frisa que o único pré-requisito é gostar e ter vontade de cantar.

O curso de técnicas de impostação vocal de José Spinto é indicado para cantores, atores, locutores, professores—inclusive de dança—, para que saibam projetar a voz para não enrouquecer e equilibrar a saúde. O tempo do curso depende de cada um, pode ser entre um ano ou dois, incluindo afinação e interpretação, com uma aula por semana.

Spinto espera engrossar sua lista de alunos bem-sucedidos em Nova Friburgo e até “exportar” valores. Entre os alunos ele aguarda os coralistas e avisa: “É necessária uma técnica porque a voz vai acabando. Assim como o corpo a voz envelhece. Eu tenho 78 anos, estou muito feliz, estou ótimo e me sinto fisicamente e vocalmente com 40 anos, porque trabalho a voz desde criança”, finaliza Spinto.

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