O novo verbo “friburgar”—positivo direto—nos permite neologismos como eu friburgo, tu friburgas, ele friburga. E nada de espantar, porque, por amor a nossa cidade, estamos no tempo de inventar palavras e maneiras para amar Nova Friburgo.
Ao contrário dessa invenção vocabular, o verbo “gamar” já é conhecido antigo de todos. Entretanto, aqui para o friburguense, quando a gente “gama”, há um algo mais além do verbo, um algo de substantivo e concreto.
O último dia 3 de fevereiro foi uma sexta-feira ímpar. O céu azul, o verde dos arvoredos e o cordão das montanhas deram mais vida ao que já estava imponente e bonito. O Largo Messias de Moraes Teixeira ganhou, certamente, o que de mais lindo poderia engrandecer o seu próprio nome: o Memorial 12 de Janeiro!
Arte, Movimento e Ação, três ingredientes que edificam a história, deixando uma lembrança concreta de episódios significativos, que precisam estar à flor da pele para nutrir a nossa sensibilidade. Jamais seremos um “conjunto de ninguém” enquanto tivermos sonhadores e empreendedores movendo a arte através da ação do bem maior de uma comunidade. É claro que não se faz tudo ao mesmo tempo, porém, ao mesmo tempo em que uma ação se realiza, outra pode vir à luz, na inspiração que se traduz.
É impossível permanecer inerte diante do Memorial. O 12 de Janeiro não pode ser esquecido, ninguém o pode apagar! É através dessa lembrança que moldamos o nosso novo perfil—mais compassivo, mais altruísta.
Ninguém nesta serra friburguense pode mais pensar que é uma ilha. Temos de ser agora o resultado de um processo da grande transformação e a fênix, inserida no contexto, é o símbolo do renascer.
Não importa a interpretação que cada um dará ao movimento do “braço erguido”, porque, em qualquer conotação, será sempre o símbolo de quem venceu o peso nos ombros, de quem se levanta, de quem se ergue, de quem deseja ver a luz!
A “pira” mantém acesa uma saudade eterna dos tantos irmãos que partiram, mas, conscientes da Onisciência Divina, sabemos que em outros planos superiores algo bom já sucedeu a todos. Longe de ser um local para lamentações, o monumento é, sim, um refúgio para a reflexão, para a firmeza do amor a Nova Friburgo e do amor ao nosso povo.
Diante do Monumento,
o amor profundo nos chama
e à grandeza desse intento,
quem ama Friburgo.... Gama!
Elisabeth Souza Cruz
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