Queimadas: criada força-tarefa de combate às chamas em Nova Friburgo

terça-feira, 13 de setembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra
Queimadas: criada força-tarefa de combate às chamas em Nova Friburgo
Queimadas: criada força-tarefa de combate às chamas em Nova Friburgo

Henrique Amorim

Desde a semana passada já são mais de 20 chamados ao Corpo de Bombeiros de Nova Friburgo para conter focos de incêndio em áreas de mata nativa, a maioria delas de difícil acesso. São as queimadas, o terror de todo o inverno com estiagem prolongada, aliada aos ventos e baixa umidade do ar, combinação perfeita para a propagação do fogo. A grande incidência de incêndios em vegetações levou o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) a criar uma força-tarefa de combate às queimadas, que já conta com apoio da Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca) e fiscais do Inea, Secretaria Estadual do Ambiente e do Parque Estadual dos Três Picos, cuja parte da extensa área arde em chamas desde a semana passada. Estima-se que 260 hectares já tenham sido devastados pelo fogo de difícil contenção. No Pico do Caledônia, outros cerca de 200 hectares também já foram atingidos pelas queimadas. As queimadas na área de preservação ambiental já duram sete dias e atingem também o município vizinho de Cachoeiras de Macacu.

O Índice de Risco de Incêndios Florestais, calculado diariamente pelo Inea, e que serve de alerta para as equipes de combate das unidades de conservação do Estado, chegou ao nível máximo no fim de semana. Esse índice é calculado diariamente pelo Inea a partir de informações meteorológicas e dividido em três níveis: baixo, médio e alto, e estabelece os graus de probabilidade de início e velocidade de propagação do fogo. Ontem, 12, o nível de queimadas em Nova Friburgo era médio, o que ainda preocupa bastante. Com a criação da força-tarefa, anunciada oficialmente no domingo, 11, pela presidente do Inea, Marilene Ramos, são utilizados helicópteros da Marinha para despejos pontuais de água nos principais focos de incêndio, já que o acesso por terra é quase impossível. A utilização dos helicópteros não tem data prevista para acabar. Ontem, 12, os focos no Pico do Caledônia e no Parque Estadual dos Três Picos ainda não tinham sido totalmente debelados. Além de bombeiros e dos reforços da força-tarefa, 20 servidores do parque também auxiliam na tentativa de conter o incêndio.

Só no último sábado, 10, por exemplo, o Corpo de Bombeiros de Nova Friburgo recebeu 13 chamados para novos focos de incêndios em diversas regiões. Só na região rural de Salinas, distrito de Campo do Coelho, várias áreas agrícolas foram atingidas. Um foco que destruiu pelo menos 60 hectares foi controlado no fim de semana. “Infelizmente é uma prática criminosa que precisa ser combatida. Depois do levantamento os fiscais irão aos locais afetados para notificar e multar os proprietários das terras onde for contatado que o incêndio foi criminoso. Quando se faz queimadas geralmente não se tem em mente que o fogo pode se alastrar, perdendo-se o controle. Às vezes até residências podem ser afetadas. Os responsáveis têm que ser punidos”, observa Marilene Ramos.

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