Que seja infinito enquanto dure

sexta-feira, 17 de maio de 2013
por Jornal A Voz da Serra
Que seja infinito enquanto dure
Que seja infinito enquanto dure

Tem gente que adora casar. Um dos mais célebres casamenteiros da história foi o Rei Henrique VIII, da Inglaterra, que teve seis esposas. Não, ele não vivia se apaixonando. Seus casamentos atenderam a outros interesses, não ao coração. Logo que foi coroado, ele se casou com Catarina de Aragão, por “coincidência”, filha do Rei Fernando, da Espanha. Tiveram cinco filhos, mas só uma menina sobreviveu. Sem um filho homem que herdasse o trono, Henrique VIII pediu divórcio, o que foi negado pelo papa. Fundou, então, a Igreja Anglicana com o único propósito de instituir o divórcio. Casou-se, em 1533, com a dama de honra de seu casamento anterior, Ana Bolena, aliás, a mesma que o incitou contra a Igreja Católica e o papa. Ela lhe deu apenas uma filha, Elizabeth. Aqui, vale um parêntesis: esta mesma filha, desprezada pelo pai, tornou-se uma grande rainha, ao mesmo tempo temida, respeitada e amada. Morreu aos 70 anos, dos quais 45 como soberana da Inglaterra e Irlanda. 
Voltando ao tema, o rei mandou executar Ana Bolena e se casou com Jane Seymour, com quem teve o tão esperado filho, Eduardo VI. Mas ele faleceu aos 17 anos, quando a mãe já havia morrido. O quarto casamento foi com a pouco atraente Ana Cléves. O rei conseguiu anular a união. A quinta rainha foi a jovem Catarina Howard, de 17 anos, sobrinha de um poderoso duque. Considerada de “caráter leviano”, foi decapitada por ordem do marido. A sexta e última esposa foi a jovem viúva Catarina Parr, com quem Henrique VIII viveu o resto de sua vida. 
Mas Henrique VIII não chega nem perto de Giovani Viglioto, de Nova York. Entre 1949 a 1981, ele se casou 104 vezes. Já entre as mulheres, Lucinda Wolfe se destaca com seus 23 casamentos, sendo que o mais longo durou sete anos e o mais curto, apenas 36 horas. Moradora de Indiana, Estados Unidos, ela se casou pela primeira vez, aos 16 anos. Dentre os maridos, um condenado que ela conheceu no reformatório de sua cidade. 
A diva Elizabeth Taylor se casou oito vezes e teve sete maridos. O primeiro foi o empresário Nick Hilton, em 1950. Durou um ano. Em 1951 casou com o ator britânico Michael Wilding, de quem se divorciou cindo anos depois, tendo se unido logo depois com o produtor de cinema Michael Todd, que morreu no ano seguinte. Em 1959, Liz contraiu novo matrimônio, desta vez com o cantor americano Eddie Fischer. Foram quase cinco anos de relacionamento. Em 1964, a atriz se casou com aquele que seria o grande amor de sua vida: Richard Burton, com quem ficou até 1974. Eles se separaram, mas voltaram a casar no ano seguinte para, enfim, terminarem de vez em 1976. No mesmo ano, casou mais uma vez com o político John Warner. Durou apenas um ano. O último casamento de Liz foi realizado no rancho Neverland, do amigo Michael Jackson. O noivo era o trabalhador da construção civil Larry Fortensky, com quem viveu de 1991 a 1996. 












Com nove casamentos no “currículo”, o nosso Poetinha, Vinícius de Moraes, ficou conhecido por seu talento, inteligência, obra e também por sua história com as mulheres. A cada casamento ele decretava: “Esta será a minha viúva”, “honra” que coube a Gilda de Queirós Mattoso, que tinha apenas 23 anos quando se uniu a Vinícius. Como dito por ele no Soneto da Fidelidade, “que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”.

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