Cansados de ver os problemas estruturais se acumulando, moradores dos bairros Parque D. João VI, Parque Imperial, Alto do Mozer e Parque Real formaram uma associação para levantar as principais necessidades da região. Foi com esse objetivo que a União dos Moradores (UDM) foi criada, há cerca de um ano e meio.
Através de um planejamento e estudo, os moradores mapearam toda a região e identificaram suas demandas. De setembro do ano passado a maio deste ano, o grupo se encontrou com o prefeito Renato Bravo, o então secretário de serviços públicos Gilberto Salarini e o atual, Amarílio Salarini.
A resposta do poder público aos moradores foi a de que a região receberia a atenção devida. Alguns bueiros e parte da margem do córrego foram reparados, mas de acordo com a UDM, parou por aí. A partir do último encontro, em maio, foi estipulado que em 30 dias, alguns serviços como capina e tapa buracos seriam realizados. Três meses se passaram e até agora nada.
A VOZ DA SERRA percorreu a região do Parque Imperial em companhia de Eduardo Trigo, um dos porta vozes da UDM, que apontou diversos problemas que deveriam ter sido solucionados nos 30 dias de prazo.
“As demandas a curto prazo são: iluminação precária, 36 bueiros entupidos, sem tampa ou com algum tipo de risco, 65 buracos, ausência de calçadas, falta de lixeiras coletivas, falta de sinalização adequada. Não temos rede de esgoto, não tem tratamento e a gente paga por isso. A longo prazo: recuperar o lago que hoje é um córrego e melhorar a frequência dos ônibus”.
“A única vez que nos foi dado um prazo foi na terceira reunião, já com o Amarílio Salarini, como secretário de serviços públicos. Em até 30 dias, a contar do dia 02 de maio, a via principal seria capinada e ao mesmo tempo viria outra equipe para consertar os bueiros. Esse serviço começou a ser feito em Varginha e parou lá mesmo. Se não dá pra fazer, não diga que vai fazer”, completa Eduardo.
Segundo Eduardo (foto), dar o primeiro passo é o mais importante.“A gente sabe que nada será resolvido da noite pro dia, mas queremos que a prefeitura faça um planejamento para esses bairros. Dar o pontapé inicial é fundsamental. A resposta tem sido a mesma, ‘não temos gente, não temos máquina’, mas se não começar a fazer, nunca vai terminar”.
Eduardo se diz favorável a ideia de um mutirão, mas que para isso, também depende de apoio da prefeitura. “Vimos que deu certo em alguns bairros, a gente sabe que não é o ideal, mas seria algo em caráter emergencial. Caso a prefeitura nos ajude com a parte de infraestrutura, a gente ajuda nos reparos. O que não temos condições é de bancar material de construção pagando os impostos que a gente paga. Os nossos problemas não são tão grandes em relação aos outros bairros, mas o acúmulo de pequenos problemas pode provocar uma tragédia. É melhor e mais fácil resolver essa situação quando ainda é, de certa forma, tranquilo”.
O que diz a prefeitura
Em nota, a prefeitura informou a Secretaria de Serviços Públicos já está realizando a capina nas localidades e que, nesta semana, as equipes estão no Parque Dom João VI. Ainda nesta semana, serão iniciados os serviços de colocação de novas tampas e desobstrução de bueiros. Quanto à iluminação pública, as trocas de lâmpadas queimadas nesta área da cidade foram concluídas na última segunda-feira (13). Com relação aos serviços prestados pelas concessionárias, informa que já solicitou à EBMA uma frequência maior na coleta do lixo residencial. Sobre os problemas na rede de esgoto e deficiências no transporte público, vai oficiar as concessionárias Águas de Nova Friburgo e Faol, respectivamente, para que atendam as demandas dos moradores.
Deixe o seu comentário