Nas últimas três semanas, a Subprefeitura de Olaria, Cônego e Cascatinha recolheu 76 caminhões de entulho nas ruas dos bairros da sua abrangência. O descarte irregular muitas vezes é feito pelos próprios moradores. Apesar do esforço da prefeitura de orientar a população e remover o lixo, é fundamental que todos tenham consciência a respeito dos problemas que este tipo de ação acarreta.
Entre o material recolhido estão móveis, colchões, eletrodomésticos, restos de obras, galhos de árvores e lixo em geral, que foram abandonados em vias públicas a céu aberto e em terrenos baldios. O acúmulo deste entulho misto atrai o risco de infestações. Segundo a Subsecretária de Vigilância em Saúde, Fabíola Penna, “os ratos podem trazer enfermidades como a leptospirose, enquanto a água parada permite a proliferação de mosquitos, trazendo arboviroses (doenças causadas por insetos e aracnídeos) como zika, dengue e chikungunya que, mesmo no inverno, continuamos tendo casos. Lixo é veículo de doença”, ressaltou Fabíola.
Para o subprefeito de Olaria, Cláudio Pereira, outro transtorno que esse tipo de atitude causa é o retrabalho das equipes de limpeza. “Nós temos muitos locais que precisam de serviços como capina, recuperação de calçamento ou tapa-buracos, mas os nossos funcionários acabam sendo deslocados para refazer um serviço de limpeza já feito há pouco tempo. Se não coletarmos, o lixo vai redobrar o nosso trabalho, trazer doenças e entupir os bueiros”, pontuou o subprefeito.
De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, embora a prefeitura não tenha obrigação legal de fazer a remoção do entulho, os funcionários não medem esforços para evitar o acúmulo. O setor ressalta que o descarte irregular de lixo ou entulho é considerado um crime ambiental, passível de multa (que pode variar de R$ 3 a R$ 4 mil) e detenção de quem for pego em flagrante.
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