Qualidade de vida

Por Thereza Freire Vieira (*)
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

A maior parte da população economicamente ativa trabalha na economia informal, sem vínculo com nenhum sistema público e privado de seguridade social. A situação dos idosos que precisam continuar trabalhando depois de aposentados para melhorar a renda familiar torna-se pior ainda e, há pouco tempo, os aposentados recebendo do INSS não podiam exercer atividades lucrativas, não podiam assumir novos empregos e assim a maioria trabalha sem registro em carteira.

E os idosos que nunca foram registrados e sem direito a seguridade social? E os que toda a vida trabalharam na lavoura e nunca souberam o que era uma carteira de trabalho?

Um sistema de proteção à velhice deveria ser instituído pelas igrejas ou pela prefeitura para melhorar o atendimento ao idoso, conhecendo melhor os seus problemas financeiros, de saúde, enfim, todos que afetam de um modo geral a terceira idade e de um modo especial os que não têm os benefícios da seguridade social. Deveria haver um sistema que avaliasse a autonomia das pessoas acima de 60 anos.

Um serviço de atendimento ao idoso formado por um especialista em geriatria e gerontologia, um enfermeiro, agentes de saúde que, em conjunto com os familiares, os vizinhos, os idosos poderiam ser monitorados e o conhecimento de seus problemas facilitaria para a sua solução.

Um posto de atendimento nos bairros, com sistema ambulatorial para os que pudessem se locomover e tivessem condições para uma vida ativa e a equipe geriátrica para os atendimentos em residência, com acompanhamento dos agentes de saúde que orientariam os médicos sempre que fosse necessário.

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Muitos idosos poderiam ser atendidos em casa, sem o problema de internação demorada em hospitais, que sempre é um dano para a saúde mental do paciente e um gasto excessivo para os hospitais, já que a internação de idosos é prolongada. Seria até mais barato para as prefeituras e para os hospitais e de grande proveito para os idosos, que ficam ansiosos com o medo de serem internados, de ficarem longe de seus familiares.

(*) Médica geriatra, colaboradora

de jornais e revistas.

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