Como colaborador da AVS, o que está em jogo neste momento pra mim, com a aproximação de um novo período de chuvas na cidade, é se acreditamos na capacidade que temos de discernir o que é ruim e o que é bom para nossas vidas, ou se vamos, governo após governo, continuar aceitando que a incompetência dos maus políticos seja capaz de planejar nossas vidas e decidir como devemos vivê-la ou, pior ainda, perdê-la.
Se vamos continuar aceitando a mão incompetente do Estado nas questões das encostas, de saneamento, de educação urbana; se vamos continuar fingindo que acreditamos nos cumprimentos das mesmas promessas, de quatro em quatro anos, para depois, mantermos os políticos fingindo que trabalham e que estão preocupados com o povo.
Para mim, o que está em jogo, finalmente, é se vamos manter na empresa popular chamada Brasil, Rio de Janeiro, Nova Friburgo, com funcionários incompetentes que faltam sistematicamente ao trabalho, que não produzem e ainda nos impõem aumento compulsório de salários, como no caso dos bancários, fora os extras, todos os dias, todas as semanas, meses e anos. Há quinhentos anos.
Precisamos, sim, falar! Um povo que não tem quem fale, perde o hábito de ouvir, e por essa falta de costume acaba perdendo o ouvido, e, porque já não ouve, fica desmotivado de falar. No fim das contas, torna-se um povo inconsciente e surdo-mudo. A força de não escutar nada, lhe gasta a capacidade de falar, mergulhando-se a vida na surdez e na escravidão. Falaremos sim!
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