Cerca de 300 pessoas participaram no fim da tarde de terça-feira de protesto contra a tarifa única dos ônibus de Nova Friburgo. A manifestação, organizada por partidos políticos e entidades sindicais, chamou a atenção ao percorrer a Alberto Braune, fechando as pistas da principal avenida do município por aproximadamente 40 minutos, causando um grande engarrafamento no trânsito, já complicado no horário do rush, e também por causa de torcedores que foram assistir ao jogo Friburguense e Fluminense.
Apesar do nó no trânsito, o protesto foi pacífico, sem que tenha havido qualquer registro de tumulto. O movimento teve início por volta das 16h30, na Praça Dermeval Barbosa Moreira, em frente ao Centro de Turismo, onde aconteceram discursos críticos de líderes sindicais e políticos direcionados contra o governo municipal e a concessionária de ônibus, Faol. Após a leitura de documento endereçado ao prefeito Heródoto Bento de Mello cobrando a revogação do aumento, por volta das 17h40 os manifestantes marcharam em direção ao Palácio Barão de Nova Friburgo, sede do governo municipal.
Durante o percurso de 30 minutos, o trânsito ficou completamente interrompido ao longo da Alberto Braune. Munidos de faixas questionando o reajuste, bandeiras de alguns partidos políticos e acompanhados de um carro de som, os líderes do protesto fizeram muito barulho e a todo momento convocavam a adesão da população nas calçadas e nos pontos de ônibus. Na Prefeitura, com o fim do expediente administrativo, os manifestantes encontraram o prédio fechado e às escuras. Novos discursos duros foram proferidos por diversas lideranças. Em clima pacífico, porém, houve um acordo com a Polícia Militar para a liberação de uma das pistas à passagem dos ônibus e veículos que congestionavam a avenida central. Guardas municipais e agentes da Autran também acompanharam de perto a manifestação.
Líderes do movimento informaram que um novo protesto está previsto para o próximo dia 30, para questionar “uma das tarifas de ônibus mais caras do Brasil”. Além disso, representantes do Sindicato dos Vestuários e do Partido dos Trabalhadores acrescentaram ter feito uma denúncia no Ministério Público que, segundo eles, gerou uma ação numa das varas cíveis do município, pleiteando a revogação do aumento da tarifa única, em vigor desde o último dia 15.
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