Proteção ao patrimônio

quinta-feira, 10 de maio de 2018
por Jornal A Voz da Serra

         HÁ ALGUM tempo atrás, a pichação da estátua de Alberto Braune, combinada com a destruição de parte de outra estátua – a de Getúlio Vargas - na praça que leva seu nome, foram sinais claros da ausência de fiscalização, combinado com a inércia dos órgãos que cuidam do patrimônio histórico e artístico no município. Dano semelhante também ocorreu com uma estátua das quatro estações, na Praça Dermeval Barbosa Moreira.

         A DERRUBADA de eucaliptos da Praça Getúlio Vargas, no governo de Rogério Cabral, além da comoção social e da polêmica entre a sociedade civil e o poder público, reacendeu a discussão sobre o patrimônio histórico de Nova Friburgo. Tombada pelo Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a praça e seu entorno fazem parte do conjunto protegido pelo governo federal e também, como outros imóveis e prédios sob a guarda da Fundação Dom João VI e da Secretaria Municipal de Cultura.

         O GOVERNO municipal criou o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural com a finalidade de proteger através de mais um organismo, os bens materiais e imateriais do município. Embora oficializado no último mandato do ex-prefeito Heródoto Bento de Mello, ainda não apontou caminhos para a guarda e a conservação desse acervo. Até o momento Nova Friburgo não conhece as suas linhas de ação nem os imóveis a serem protegidos.

O PATRIMÔNIO histórico friburguense vem se ressentindo de medidas protecionistas, capazes de garantir a arquitetura e o paisagismo da cidade, preservando seus bens e incentivando a preservação também por parte dos proprietários de imóveis. Um exemplo que perdura é o da Praça do Suspiro. Com a conclusão da Praça das Colônias, prometida pelo prefeito Renato Bravo, o espaço merece um estudo para adequá-lo à importância do conjunto de prédios ali localizados, em parceria com a iniciativa privada.

NOVA FRIBURGO vem assistindo ao crescimento urbano, a expansão imobiliária e a ocupação de suas áreas de risco, tornando o planejamento urbano um desafio que não pode aguardar soluções futuras. Medidas preventivas devem ser tomadas, organizando o crescimento populacional em modelos com as aspirações de qualidade de vida que todos desejam. Este é o maior patrimônio.

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