A equipe do Projeto Florestar & Cia realizou atividades de conscientização pública com o tema "Ordenamento, ocupação e uso sustentável do solo em áreas urbanas”, junto a moradores em áreas de risco no Jardinlândia, Conselheiro Paulino, em fins de abril, onde foram observadas intervenções de impacto negativo ao meio ambiente. Os moradores receberam instruções sobre como ter uma postura voltada para a prevenção.
Segundo o coordenador do projeto, Luís Latour, a Prefeitura precisa integrar a Defesa Civil, nas esferas estadual e federal, para que diante de qualquer acidente a reação seja eficaz. "Não importa se estamos falando de ocupação desordenada, de riscos industriais ou de contaminação química ou orgânica. Em qualquer caso, a coordenação do município com a Defesa Civil estadual e federal é fundamental. E deve ser efetivada, precisando apenas de boa vontade. É necessário que a Prefeitura faça o mapeamento dos riscos urbanos, conheça a localização exata dos riscos e seu impacto na região de entorno e planeje medidas de controle e de resposta às emergências”.
Para o coordenador, a Prefeitura precisa identificar as encostas instáveis e os imóveis em áreas de risco, além de cadastrar os moradores. Isto feito, em conjunto com a Defesa Civil, orientar os moradores sobre os cuidados para reconhecer os sinais de deslizamento ou escorregamento da encosta, para que possam abandonar os imóveis em segurança. Com o monitoramento das características da encosta e do índice pluviométrico, com o auxílio da Defesa Civil, a Prefeitura deve decidir o momento em que os imóveis serão interditados e os moradores evacuados, se preciso com auxílio de força policial. Para isso, é importante um plano municipal de emergência, no qual seja previsto como e para onde o morador evacuado será temporariamente alojado, com as melhores condições possíveis.
Latour ainda alerta que a contaminação orgânica só pode ser minimizada com saneamento básico e com a adequada coleta e tratamento de lixo domiciliar. Ele repete que a Prefeitura precisa mapear as áreas potencialmente contaminadas, química ou organicamente, avaliar as medidas de controle e descontaminação e a sua rápida regularização. "Eu insisto que isto exige integração e coordenação com o órgão estadual e federal, com destaque para a Defesa Civil, a saúde pública e a autoridade ambiental. Este drama, depois do evento climático de janeiro de 2011, só terminará ou será minimizado quando a Prefeitura, em conjunto com várias Secretarias, agirem efetivamente no controle e minimização dos riscos ambientais urbanos em áreas de risco, ou com ocupação irregular, ou ainda com possibilidades de expansão urbana, para então regularizar vários loteamentos. E aí sim entrar com serviços de estruturas públicas/sociais”.
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