Não chega a ser nenhuma novidade que os ares e o astral de Nova Friburgo sempre inspiraram artistas de vários segmentos. Terra da poesia, fonte de inspiração para poetas apaixonados; verdadeira cenografia natural para pintores e novelas, além de lugar escolhido por escritores, ceramistas de renome e tantos outros artistas consagrados para suas respectivas criações.
E na música a história se repete. São milhares de jovens que praticam a atividade, seja por hobby ou lazer, mas que acabam se dedicando à mesma com perspectivas futuras de carreiras. Também não poderia ser diferente numa cidade com as duas mais antigas bandas civis, além agora, de uma orquestra com a chancela da Candido Mendes. Palco da estreia mundial do maestro Heitor Villa-Lobos, Nova Friburgo carrega, historicamente, o traço e a essência da genialidade musical.
Neste contexto é que o projeto “Flores da Serra”, a partir do álbum com 13 músicas de autoria do poeta friburguense Arnaldo Luis Miranda, se destaca, não apenas como mais um disco. Inserido numa proposta muito mais ampla, que se desdobrará ainda num DVD de videoclipes (em fase de produção), o trabalho é uma aposta no potencial local e regional da arte e da cultura, como meios capazes de alavancar a economia, principalmente em função de sua conexão plenamente possível e necessária com o turismo, como é uma verdadeira praxe em todos os melhores lugares do mundo.
O nosso melhor
O que temos de melhor a oferecer está exatamente neste universo de possibilidades, que a cada dia podem nos revelar surpresas animadoras. Não só na música, mas principalmente a partir dela. Temos ainda muitos outros exemplos positivos de artistas, nos mais diversos setores, que podem e devem ser aproveitados no grande esforço de resgatar o perfil positivo que a cidade sempre teve.
Neste sentido, um dado merece ser ressaltado: inteiramente produzido e gravado na cidade, mais especificamente no MidStúdio, do também músico Tiquinho Santos, o CD “Flores da Serra” é um dos primeiros discos locais, produzido totalmente em esquema industrial, tendo atendido a todas as determinações e normas da empresa responsável por sua prensagem na Zona Franca de Manaus.
“Quando entregamos o material na Microservice, pedimos que avaliassem a matriz, pois queríamos atestar se a gravação, realmente, estava boa, de alto nível e qualidade e nos deram um laudo muito positivo, de que a gravação estava excelente”, diz o próprio cantor e compositor.
Com isso, Arnaldo já comemora também o fato de que a resposta da empresa com expertise internacional no segmento não é somente boa para Nova Friburgo e os profissionais direta ou indiretamente ligados ao projeto. “Essa é uma informação que qualifica o mercado, a região, os profissionais e os músicos. Prova que temos recursos tecnológicos e humanos, pessoal qualificado e, sobretudo, o que é mais importante, artistas de talento”, ressalta Arnaldo, que fala com entusiasmo do trabalho que envolve uma pequena, mas bem-motivada e persistente equipe.
O aproveitamento desse potencial é uma das missões da Cia do Ar ações em cultura, empresa de atuação exclusiva na área cultural, que há dez anos está em Nova Friburgo e a partir do projeto “Flores da Serra” quer se firmar nesse nicho de mercado.
“Se fizermos Nova Friburgo ser vista e ouvida, estaremos atraindo turistas e visitantes para conhecer essa ‘Terra abençoada’, como a chamou, um dia, o escritor Machado de Assis”, acredita Arnaldo, para quem ainda, “o projeto ‘Flores da Serra’ é o somatório de antigos e novos colaboradores e parceiros, em torno do estilo de vida da região serrana e as minhas canções. A ideia é essa”, conclui Ar, como é chamado o artista pelos amigos mais próximos.
Trabalho de bom gosto e alto nível reunindo os melhores profissionais
Resultado de três anos de trabalho, o projeto “Flores da Serra”, que consta de CD com mesmo nome, reúne profissionais, entre músicos, cinegrafistas, animadores, entre outros, provando também a excelência de Nova Friburgo em dispor de mão de obra e talentos neste segmento. O show de lançamento será no dia 21 de julho, na Mais 1 Chopperia e Sinuca, na praça Getúlio Vargas 234.
Gravado, mixado e masterizado no MidStudio (em Nova Friburgo) entre 17 de julho de 2006 e 20 de outubro de 2010, o disco reúne, além do autor, a cantora Jozi Lucka, o cantor Claudio Nucci, o cantor, compositor e arranjador Giovanni Bizzotto, bem como o violonista do grupo Nó Cego, Rodrigo Garcia, que acompanham Arnaldo na interpretação de algumas de suas canções na condição de convidados especiais.
No CD ainda estão: Anderson Erthal (programação de cordas); o próprio Arnaldo Luis Miranda (violão de aço e voz), Christian Bizzotto (teclado), bem como Claudio Nucci (voz), Cleber Silva (baixo acústico) e Estevão Andrade (guitarras e contrabaixo acústico), Gilney (trompete), Giovanni Bizzotto (violão de aço), Jouber Alves (bateria) e Jozi Lucka (voz), Marcelo Martins (guitarra e contrabaixo acústico), Ney Velloso (violão), Piter Toledo (percussão), Rodrigo Garcia (violão de aço), Tiquinho Santos (acordeon, teclado) e Uda (saxofone).
Já os videoclipes para o DVD em fase de produção — e que terão sessão exclusiva para imprensa, agências de publicidade e meio artístico na quarta-feira, 29, às 15horas, no Centro de Estudos da sede da CDL/NF (Rua Fernando Bizzotto 39) — têm roteiro de Fernando Rocha e Ilson Junior, com a participação especial de Ângela e Vitoria Juliani e Carol Berbert, direção de fotografia de Sérgio Martins, produção executiva de Martha Teixeira, direção e edição de Ilson Junior, no caso do ficcional, baseado na música “No Amor”, enquanto a animação “Flores da Serra” (canção-título), o roteiro é de Izabella Greco, Paula Beatriz de Oliveira e Ilson Júnior, que é o responsável também pela animação.
O CD encontra-se à venda, na livraria Arabesco (Avenida Alberto Braune 87) e no Grão Café, da Rua Monte Líbano, 34.
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