Hoje a palavra de ordem é inovação, que constitui uma ferramenta essencial para aumentar a produtividade e a competitividade das empresas, assim como para impulsionar o desenvolvimento econômico de regiões e países. A inovação provém do sentido de incorporar novos produtos e processos e agregar valor à produção por meio da intensificação do uso da informação e do conhecimento. O desenvolvimento virá, essencialmente, de transformações que gerem empregos mais qualificados, criem novas formas de organização, atendam a novas necessidades dos consumidores e melhorem a própria forma de viver, produzindo efeitos econômicos abrangentes na difusão de setores e regiões, desencadeando novos empreendimentos e criando novos mercados.
De olho neste fator potencializador da economia e buscando atender às micro e pequenas empresas, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), através do Ministério da Ciência e Tecnologia, lançou em março passado um edital para apoio a empresas inovadoras, intitulado Primeira Empresa Inovadora (Prime). Nos próximos quatro anos o objetivo é apoiar empresas nascentes com recursos de R$ 120 mil e beneficiar inicialmente mais de 1.800 empresas por meio das incubadoras de empresas, responsáveis pela seleção dos empreendimentos e repasse direto da verba estatal, cujo fato avaliado é a apresentação de ideias inéditas.
A expectativa é de que até 2011 as incubadoras de empresas tenham acolhido cerca de 5.400 pequenas empresas com grande potencial de crescimento e que apostem no diferencial inovador como estratégia de competitividade. O objetivo é dar incentivo, inclusive, para os pequenos empreendedores de todo o Brasil, mesmo aqueles tradicionais, desde que estejam sendo inovadores.
O Prime em Nova Friburgo
Em Nova Friburgo e região, a divulgação do Prime coube à incubadora de empresas do instituto politécnico da Uerj. A grande surpresa foi o fato de Nova Friburgo ter sido o município com o terceiro maior número de inscrições no estado do Rio de Janeiro, ficando apenas com uma inscrição a menos que o segundo colocado (Niterói).
Luiz Borges, gerente da incubadora, ressalta a importância da divulgação e da conscientização dos empresários para a oportunidade que se desenhou. “Tínhamos uma meta. Queríamos que os empresários e empreendedores de Nova Friburgo pudessem conhecer e perceber a ação inovadora do governo federal de subsidiar, com recursos não reembolsáveis, os primeiros passos de uma nova empresa. Com isso, novos empregos e o desenvolvimento dos projetos empresariais podem gerar efeitos sócioeconômicos bastante favoráveis. Sem dúvida figurar numa boa posição no estado serve para mostrar o poder empreendedor do município. A terceira colocação foi uma boa surpresa, mas foi fruto de um árduo trabalho de divulgação e aproximação dos empresários com a inovação”.
Luiz Borges cita que na divulgação do programa Prime, a incubadora contou com forte apoio da Fundação BioRio (uma das incubadoras âncoras do Prime no país) através da gestora de negócios, Kátia Aguiar, que pôde, em duas visitas a Nova Friburgo, enfatizar as oportunidades do edital. “Sabemos que uma andorinha só não faz verão e é por isso que temos essa forte parceria com a Bio Rio. Mas é importante frisar o apoio institucional que também obtivemos do Sebrae e da Firjan. Em termos de veículos de comunicação temos que agradecer ao jornal A VOZ DA SERRA, que inseriu diversas matérias sobre o assunto, entre outros órgãos de imprensa, o que fez com que muitas empresas nos procurassem e as inscrições superassem as expectativas”, afirmou.
Para a gerente de negócios do Sebrae, Fernanda Gripp, o fator diferenciador realmente foi a atuação da incubadora: “O Sebrae acredita que iniciativas como esta, através do Prime, de incentivo à inovação, possibilitam que empresas novas possam se tornar mais competitivas e atingir um mercado inovador. A atuação da incubadora de empresas de Nova Friburgo foi importante para a obtenção de um número expressivo de empresas, levando Nova Friburgo a ser o terceiro município do estado”, frisa.
Em todo o país 3.154 projetos foram inscritos, sendo que no estado do Rio o número total foi de 343. Destes, a cidade do Rio de Janeiro obteve 231, Niterói, 21, e Nova Friburgo, 20. Das empresas classificadas para a segunda fase, 84% dos projetos são de empreendedores vinculados à incubadora de empresas, frente a uma aprovação no estado de apenas 56%, o que demonstra que o suporte da incubadora tem sido fundamental.
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