Para apresentar suas avaliações desse período e perspectivas para os próximos meses, o apresentador Zury Maurer recebe na próxima edição do programa o prefeito Dermeval Barboza Moreira Neto. Passados dois meses da tragédia em Nova Friburgo, a cidade procura sua normalidade na perspectiva de se reconstruir – renovada. Os esforços são contínuos, porém, muito ainda há para ser feito.
De acordo com a Prefeitura, o volume de trabalho para fazer a cidade voltar a funcionar é muito grande e a retomada das atividades foi priorizada nas áreas centrais do município, onde os serviços de limpeza e remoção de terra já foram concluídos. Mas, nos bairros mais atingidos pelos deslizamentos, ainda é possível ver montes de lama, imóveis destruídos e crateras abertas nos morros.
A tragédia deixou 428 pessoas mortas e cerca de três mil famílias desabrigadas. Dos 89 abrigos cadastrados no início da catástrofe, 26 estão em funcionamento, com 387 famílias, segundo relatos da Secretaria de Assistência Social – que também necessita dar continuidade ao direcionamento de doações, para manutenção dos abrigos, e de voluntários, para organização e distribuição dos donativos.
O aluguel social, no valor de R$ 500, já foi retirado por mais de duas mil famílias, que aguardam nos imóveis alugados a construção das casas populares. De acordo com a Secretaria Municipal de Assistência Social, 2.081 famílias se cadastraram para receber o benefício.
A Prefeitura calcula um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão após a tragédia. Só nas indústrias há perda de R$ 700 milhões. Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), para voltar à normalidade, muitas empresas ainda aguardam a liberação de recursos do BNDES – que tem demonstrado lentidão no atendimento ao município.
Estima-se que a reconstrução total dos sete municípios atingidos levará cerca de dois anos e meio, segundo divulgou a Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro (Emop), que trabalha no restabelecimento dos municípios.
Tendo a economia baseada na indústria de confecção e moda íntima, Nova Friburgo enfrenta um novo problema: o êxodo de mão de obra. As pessoas, em sua grande maioria, estão indo embora para outros municípios e lugares mais afastados. Outro fator que agrava o problema da perda de mão de obra é a falta de imóveis para alugar.
As casas que estão em áreas de risco já começaram a ser derrubadas. Mas as obras das cerca de 3.200 moradias ainda não foram iniciadas.
Estes e outros questionamentos serão pautas do programa, que também comemora três anos de exibição, nesta segunda-feira, 21, às 22h, na TV Zoom (canal 10 do sistema RCA).
– Dedicamos nossas comemorações a oferecer informação ao cidadão e, com credibilidade, proporcionar um canal de comunicação direta do cidadão com os tomadores de decisões no município, neste momento em que precisamos reunir esforços pró-Nova Friburgo – diz Zury Maurer.
Dúvidas, comentários e sugestões podem ser enviados antecipadamente para cidadereal@gigalink.com.br ou programacidadereal@gmail.com.
Deixe o seu comentário