Profissionais de educação se mobilizam pelo plano de carreira no município

quinta-feira, 25 de março de 2010
por Jornal A Voz da Serra
Profissionais de educação se mobilizam pelo plano de carreira no município
Profissionais de educação se mobilizam pelo plano de carreira no município

Henrique Amorim

Professores, auxiliares de creche e funcionários de apoio da rede municipal de ensino fizeram mais uma assembleia na noite de terça-feira, 23, desta vez numa sala de aula do Colégio Estadual Jamil El-Jaick, para discutir alternativas de mobilização, a fim de apelar à Prefeitura pela elaboração de um plano de carreira. Atualmente os auxiliares de creche e o pessoal de apoio recebem um salário mínimo (R$ 510). Já os professores do primeiro segmento do ensino fundamental (1º ao 5º ano – antigo primário) recebem piso de R$ 740, e os professores do segundo segmento do ensino fundamental (6º ao 9º ano – antigo 1º grau), piso de R$ 780. A meta é conseguir a tão sonhada valorização salarial dos profissionais de educação. Os auxiliares de creche e funcionários de apoio reivindicam piso de R$ 670.

Durante a assembleia um representante da Secretaria Geral de Governo propôs o encontro de uma comissão de dez professores representantes da categoria com o secretário de Governo, Braulio Rezende, no próximo dia 5 de abril, na Prefeitura, para discutir a política de valorização salarial da categoria. O coordenador do Sindicato dos Profissionais de Ensino (Sepe) em Nova Friburgo, Luiz Salarini, explicou que muitos profissionais de educação do município ficaram insatisfeitos e alguns chegaram até a paralisar suas atividades por um dia no início deste mês, devido à suspensão do abono mensal de R$ 180, que vinha sendo pago aos profissionais de educação com regência de turma aprovados nos concursos públicos de 1982 e 1996.

Na última terça-feira, dia da assembleia da classe, porém, a Prefeitura creditou o abono suspenso no pagamento da folha salarial relativa a fevereiro, alegando a retirada do abono foi resultado de um erro. O representante da Secretaria de Governo anunciou ainda que a folha de pagamento de março, que será creditada no início de abril, terá o abono de R$ 180 novamente incorporado, até que seja discutido novo acordo salarial definitivo com a Prefeitura.

Segundo Salarini, a categoria luta pelo piso igual para todos os profissionais de educação e a transformação dos servidores regidos atualmente pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em estatutários, garantindo-lhes mais benefícios, como fundos de pensão e aposentadorias próprios. Atualmente a rede municipal de educação em Nova Friburgo reúne cerca de 200 profissionais estatutários num universo de 2,6 mil servidores.

Na assembleia desta semana também foi discutida a possibilidade de os profissionais de educação do município apelarem à Câmara dos Vereadores para que seja votada no Legislativo uma mensagem indicativa propondo ao prefeito Heródoto Bento de Mello a elaboração de um plano de carreira para a educação municipal, já que, devido à Lei de Responsabilidade Fiscal, os vereadores não podem propor leis que onerem despesas aos cofres municipais, com aumento de salários do funcionalismo, por exemplo. “Caso não haja negociação com a Prefeitura favorável aos profissionais de educação, não está descartada a possibilidade de nova paralisação da categoria em breve”, observou Luiz Salarini.

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