As aulas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), correspondentes ao primeiro semestre de 2017, serão finalmente retomadas. A decisão de suspender a greve foi divulgada na tarde desta última quinta-feira, 24, após assembleia geral de docentes, na capital do estado. Na semana passada, o governo Pezão pagou os salários e bolsas dos servidores da Uerj, atrasado há meses, o que motivou o retorno das atividades.
Em Nova Friburgo, o Instituto Politécnico da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IPRJ-Uerj), já tinha retomado algumas aulas nesta última terça-feira, 22. Com a decisão, o retorno total, de acordo com a direção da unidade, deve acontecer já nesta sexta-feira, 25.
A situação dos servidores, no entanto, ainda não está completamente resolvida. Os docentes ainda não receberam o valor referente ao 13º salário de 2016. Já em relação aos terceirizados, como a empresa responsável pela limpeza das instalações, foi fechado um acordo para mais um período de atividades sem remuneração, atraso que já chega a 11 meses.
O governo pagou os salários atrasados de maio, junho e julho dos servidores com R$ 1,3 bilhão obtidos com Bradesco, que venceu a licitação para gerir a folha de pagamento.
Em nota divulgada a empresa, a reitoria da Uerj reconheceu que a situação da universidade "não está normal", devido as pendências, mas afirmou “que é crucial o início das aulas, com a maior brevidade possível, em consideração aos estudantes, àqueles que estão buscando a Uerj por meio do Vestibular/2018", frisa o texto.
A situação na Uerj só deve começar a ser regularizada definitivamente quando sair a adesão do governo do estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O plano suspende por três anos o pagamento da dívida do estado com a União e prevê diversas medidas de austeridade para o governo fluminense, que devem gerar R$ 26,1 bilhões de receita em seis anos. De imediato, o estado vai tentar obter um empréstimo de R$ 3,5 bilhões para acertar o pagamento dos servidores.
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