Professores da Uerj votam pelo fim da paralisação

Aulas devem ser retomadas já nesta sexta. Situação dos servidores, no entanto, ainda não está completamente resolvida
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
por Karine Knust
Professores da Uerj votam pelo fim da paralisação

As aulas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), correspondentes ao primeiro semestre de 2017, serão finalmente retomadas. A decisão de suspender a greve foi divulgada na tarde desta última quinta-feira, 24, após assembleia geral de docentes, na capital do estado. Na semana passada, o governo Pezão pagou os salários e bolsas dos servidores da Uerj, atrasado há meses, o que motivou o retorno das atividades.

Em Nova Friburgo, o Instituto Politécnico da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IPRJ-Uerj), já tinha retomado algumas aulas nesta última terça-feira, 22. Com a decisão, o retorno total, de acordo com a direção da unidade, deve acontecer já nesta sexta-feira, 25.

A situação dos servidores, no entanto, ainda não está completamente resolvida. Os docentes ainda não receberam o valor referente ao 13º salário de 2016. Já em relação aos terceirizados, como a empresa responsável pela limpeza das instalações, foi fechado um acordo para mais um período de atividades sem remuneração, atraso que já chega a 11 meses.

O governo pagou os salários atrasados de maio, junho e julho dos servidores com R$ 1,3 bilhão obtidos com Bradesco, que venceu a licitação para gerir a folha de pagamento.

Em nota divulgada a empresa, a reitoria da Uerj reconheceu que a situação da universidade "não está normal", devido as pendências, mas afirmou “que é crucial o início das aulas, com a maior brevidade possível, em consideração aos estudantes, àqueles que estão buscando a Uerj por meio do Vestibular/2018", frisa o texto.

A situação na Uerj só deve começar a ser regularizada definitivamente quando sair a adesão do governo do estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O plano suspende por três anos o pagamento da dívida do estado com a União e prevê diversas medidas de austeridade para o governo fluminense, que devem gerar R$ 26,1 bilhões de receita em seis anos. De imediato, o estado vai tentar obter um empréstimo de R$ 3,5 bilhões para acertar o pagamento dos servidores.

 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS: Educação | escola | universidade
Publicidade