Professora friburguense lança livro sobre adoção

sexta-feira, 05 de julho de 2013
por Jornal A Voz da Serra
Professora friburguense lança livro sobre adoção
Professora friburguense lança livro sobre adoção

Flávia Namen

Radicada há 30 anos em Campo Grande (MS), a professora friburguense Maria Celéne de Figueiredo Nessimian vai lançar no próximo mês um livro especial sobre a experiência da adoção. O tema de "Família coração” é inspirado na própria história de Celéne e o marido, que se tornaram pais do coração dos meninos Tobias e Jonas. Com linguagem simples, e com caprichadas ilustrações de Andréa Alves, o livro fala sobre o amor incondicional, generosidade, coragem e parceria. "Há coisas para serem entendidas pela razão e, outras, as que exigem grande sensibilidade, para serem entendidas com o coração”, diz a autora, que é professora no curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Nesta entrevista para A VOZ DA SERRA, Celéne dá mais detalhes sobre o seu primeiro livro infanto-juvenil baseado em vivências cheias de ternura.

 

LIGHT: É o seu primeiro livro? Quando foi lançado?

Celéne: Esse é o meu primeiro livro infanto-juvenil e que tem a adoção como temática. Tenho outras publicações locais, mas na área de material didático-pedagógico para o ensino de arte. Fizemos, até o momento, um pré-lançamento do livro no 1º Encontro de Apoio à Adoção, em comemoração ao Dia Nacional da Adoção, 25 de maio, que foi promovido pelo Grupo de Estudo e Apoio à Adoção Vida/GEAA-Vida, do qual fazemos parte. O lançamento oficial está previsto para o próximo dia 12 de julho, em Campo Grande, ficando, a partir daí, disponível nas principais livrarias.


LIGHT: Você se inspirou em sua própria história para escrever o texto?

Sim. A ideia central do texto foi a história que sempre contei para nossos dois filhos adotados – Tobias e Jonas –, desde o primeiro dia em que nos encontramos. Quando o mais velho estava na Educação Infantil, a escola solicitou às famílias para que escrevessem um texto, relatando a história de vida das crianças, incluindo fotos da gestação, os exames de gravidez, ultrassom, etc. Desprovida de todas essas evidências, resolvi socializar o que era, até aquele momento, uma história só nossa. A forma mais poética de apresentação busca evidenciar que temos uma história tão intensa de amor e de existência de significados como qualquer outra.


LIGHT: Um de seus objetivos ao escrevê-lo foi oferecer um recurso de conversa entre os pais adotivos e seus filhos?

Não sei se tenho esta pretensão. Penso que posso apresentar a esse grupo a minha forma de olhar para esse contexto. Se outras famílias acreditarem nessa perspectiva, creio que a nossa história poderá ser um recurso para a promoção de um diálogo franco e amoroso sobre o assunto.

 

LIGHT: Os friburguenses interessados em ler a obra podem adquiri-la onde?

Por enquanto, apenas pelo site www.lifeeditora.com.br com frete grátis para todo o país.


LIGHT: Há quantos anos está radicada em Campo Grande?

Estou em Campo Grande há 30 anos, mas vou a Friburgo pelo menos uma vez ao ano, sempre no Natal. Tenho aí minha família e grandes amigos. Adoro rever minha cidade natal que me possibilita até hoje, quando volto, aquela sensação boa de estar chegando em casa. De certa forma, vivo, com as duas cidades de minha vida, uma relação similar à história do meu livro. Nasci em Friburgo e fui adotada por Campo Grande. Minha existência se fez da parceria entre as duas. Hoje, sou um pouco de cada uma e amo intensamente as duas, levando-as para sempre no meu coração pleno de gratidão.

 

 


"A leitura deste texto me fascinou. Celéne, ao usar o recurso do diálogo de dois pequeninos com o Papai do Céu, achou um jeito muito especial para transmitir sua experiência pessoal de ser mamãe do coração e explicar às crianças o que é ser filho adotivo. A conversa se dá de forma tão natural que encanta e envolve o leitor.” Tereza Bressan de Souza, presidente da GAAD Acolher.


"Celéne soube juntar um conteúdo afetivo a uma forma amorável. A ‘Família Coração’ ultrapassa os limites minguados do puramente biológico para se projetar no infinitamente afetivo. São coisas do coração.” Luiz Schettini Filho, que assina o prefácio do livro.

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