Procissão motorizada encerra festejos de São Cristóvão

terça-feira, 27 de julho de 2010
por Jornal A Voz da Serra
Procissão motorizada encerra festejos de São Cristóvão
Procissão motorizada encerra festejos de São Cristóvão

Eloir Perdigão

As ruas de Nova Friburgo foram tomadas por centenas de veículos, leves e pesados, na tarde domingo, 25, Dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas e do distrito de Mury. Era a procissão motorizada, que encerrou os festejos do santo, realizados durante todo o mês, na paróquia de Mury, tendo à frente o padre Edson Vianna. A procissão saiu de Mury, onde o padre Edson abençoou os motoristas, aspergindo água benta nos veículos, seguiu até Conselheiro Paulino e retornou à Catedral São João Batista, no Centro.

Quase todos os motoristas levavam familiares, parentes e amigos em seus veículos. Entre os caminhoneiros presentes estava Julimar Torres Aurélio, de 29 anos, morador de Conselheiro Paulino. Ele já participa da procissão há muitos anos, levado pelo pai, que também era caminhoneiro. Há seis anos dirige seu caminhão na procissão, mas frisa que nem sempre pode estar presente ao ato religioso, ou porque o caminhão está carregado ou em viagem. Este era o quarto ano consecutivo que conseguia marcar presença e levar a esposa e a filha, de apenas um mês. Julimar levava à frente do caminhão uma faixa preta, em sinal de luto pela perda do amigo Eli da Silva, falecido ano passado em um acidente na estrada Nova Friburgo-Teresópolis. Este era o primeiro ano sem o amigo na procissão.

Hermes da Silva Filho, de 40 anos, residente no Jardim Ouro Preto, integrava a procissão pela primeira vez com um caminhão. Dono de uma frota, normalmente seus motoristas é que participam. Ele sempre vinha com seu carro particular. Devoto de São Cristóvão, este ano pegou um dos caminhões e levava a esposa e a filha de três meses.

Cinco amigos participavam juntos da procissão. Eram quatro de Conselheiro Paulino e um de Olaria. Beto Dutra, de Olaria, quando não pode ir de caminhão vai com seu carro. Mas não falta. Já Cleber Dutra, de Conselheiro Paulino, faz questão de integrar a procissão todos os anos. Neste ano levava o neto, de 4 anos, pela primeira vez. Quer que ele participe sempre e seja devoto de São Cristóvão como o avô.

Oito caminhões eram da mesma transportadora na procissão, uma tradição de muitos anos. Ravim Tavares estava com um deles e levava esposa filhos. Antes de a procissão começar, os colegas da transportadora brincavam, subiam nos caminhões e tiravam fotos. Alegria total.

Alan Jhony, de 28 anos, que mora no Santa Bernadete, vinha pela segunda vez na procissão. Gostou de participar no ano passado e agora quer ir sempre que puder. Ele já trabalhou com caminhão, com o qual participou da vez anterior. Agora, com seu carro, levava a esposa e a filha de oito meses.

Já Fabiana de Souza, de 28 anos, que mora em Mury, participava da procissão pela primeira vez, ao volante de seu automóvel. Animada, levava seu filho de dez anos e duas sobrinhas, de quatro e dois anos.

Frequentadora da igreja de São Cristóvão, pretendia ganhar a bênção do padroeiro e fazer todo o percurso.

Simone Lopes Daflon Bohrer era só alegria. Sua caminhonete levava o andor de São Cristóvão. Moradora de Mury e frequentadora da paróquia local, já havia participado outras vezes da procissão, porém pela primeira vez conduzia a imagem do padroeiro. Carro chefe da procissão, teria que fazer todo o trajeto e ainda voltar a Mury para devolver a imagem à igreja. Ela já estava designada para conduzir o andor desde a época do padre Marcelo Piller, transferido para Glicério, em Macaé. O novo pároco, o padre Edson Viana, a manteve na condução do andor. Simone levava o filho de oito anos e o fogueteiro Mário Luiz de Sá.

Satisfeito com os festejos, o padre Edson Vianna explicou que São Cristóvão fazia a travessia dos irmãos num rio caudaloso e o nome do santo significa aquele que conduz Cristo. Em sua primeira festa na paróquia de Mury, garante que teve apoio extraordinário dos fiéis, muita gente ajudou, a participação foi maciça e mostrava-se muito satisfeito com o resultado da festa.

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