PROMESSA de campanha dos candidatos a prefeito na última eleição, inclusive do prefeito eleito, Renato Bravo, e do atual, Rogério Cabral, a criação e ampliação das ciclovias foi um tema bastante discutido e cada um dos seis candidatos se esforçou para reconhecer a importância dessas vias para a mobilidade urbana de Nova Friburgo. Porém, continuamos na mesma.
NOVA FRIBURGO volta a sofrer com o congestionamento ao longo da RJ-116 que cruza a cidade de ponta a ponta. Como ocorre em todos os finais de semana, o trânsito continua a saturar ruas e avenidas, dando mostras que o próximo fim de semana — um provável feriado prolongado —, assim como os demais, não será diferente. Estamos chegando ao ponto de saturação e é preciso, portanto, buscar uma solução capaz de minimizar este impacto no cotidiano friburguense.
O GOVERNO ESTADUAL lançou há alguns anos o programa Rio-estado da bicicleta, promovido pela Secretaria de Transportes para valorizar o transporte não motorizado, mais especificamente a bicicleta, popularmente conhecida como “magrela”. E deu início ao Plano Diretor para dotar cidades com infraestrutura para garantir a mobilidade segura de pedestres e ciclistas. Objetivo: implantação de mil quilômetros de ciclovias, sendo pelo menos dez quilômetros em cada um dos 92 municípios fluminenses.
AVANÇA em algumas cidades do interior do estado a revitalização da bicicleta como veículo de transporte nas políticas públicas do governo estadual. Sem poluir, sem complicar o trânsito e, acima de tudo, silenciosas, as bicicletas ganham um estímulo do governo com o plano que tenta mudar a cultura do automóvel dominante em todas as cidades.
O PROGRAMA Rio-estado da bicicleta vem funcionando em algumas cidades do interior, valoriza este veículo para benefício da qualidade de vida da população e pretende interligar os municípios com os seus distritos com a construção de ciclovias e bicicletários. Por que, então, não fazer algo semelhante em Nova Friburgo?
A CONVIVÊNCIA da bicicleta com o automóvel é desleal, mas pode ser pacífica e harmoniosa quando as leis de convivência são respeitadas. O problema é que as pessoas não associam a bicicleta como um veículo de transporte. Existem regras de convivência entre carros e bicicletas, previstas no Código de Transito Brasileiro, porém a maioria não sabe disso.
FRIBURGO também tem inúmeras possibilidades de aumentar o número de ciclistas e ciclovias para o trabalho e o lazer, como existiu há anos. Mas também é preciso fazer muita coisa, como criar sinalização específica e diminuir os limites de velocidade dos automóveis em certas vias, para maior segurança. Se isso ocorresse, a cidade ganharia muito em controle da poluição, na diminuição dos congestionamentos e no aumento da qualidade de vida de seus moradores.
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