A Prefeitura de Nova Friburgo realiza em maio contratação de uma empresa que irá construir uma ciclovia entre o Paissandu e o bairro Duas Pedras. O aviso da licitação foi publicado no Diário Oficial do município, em A VOZ DA SERRA, no último fim de semana. A obra pode custar até R$ 1.189 milhão aos cofres do município. Em fevereiro, o prefeito Renato Bravo apresentou parte do projeto. Ele explicou que serão feitas obras de adequação na calçada que margeia o Rio Bengalas nas avenidas Presidente Costa e Silva, no trecho em frente ao Sesc; Rui Barbosa, altura do Hospital Municipal Raul Sertã; e Santos Dumont, em frente ao Centro Médico Nova Friburgo; todas, portanto, no sentido Centro. Os serviços deverão começar no trevo de Duas Pedras.
“A calçada vai ser multiuso porque naquele trecho, especialmente entre Duas Pedras e a ponte da Rua Sete de Setembro, a utilização da calçada por pedestres é bem reduzida, o que facilita a implantação do projeto”, explicou Renato Bravo em fevereiro. Ou seja, pedestres e ciclistas poderão dividir o mesmo espaço.
A construtora vai fazer obras de adequação na calçada que margeia o Rio Bengalas do trevo de Duas Pedras até a ponte próxima ao Clube de Xadrez, no Suspiro. No trecho desta ponte até a academia ao ar livre, em frente à Igreja Luterana, no Paissandu, na calçada da Avenida Galdino do Valle Filho, será feita somente a sinalização, pois já existe uma ciclofaixa pintada.
Essa é a primeira fase do projeto de implantação de uma ciclovia em Nova Friburgo. A segunda etapa consiste na sinalização da calçada que margeia o rio do trevo de Duas Pedras ao distrito de Conselheiro Paulino, onde a obra de canalização do Bengalas, feita pelo governo do estado, teria deixado, segundo o município, uma área destinada à ciclovia.
Antiga reivindicação
Pleito antigo dos ciclistas friburguenses, a construção da ciclovia faz parte do “pacotão de obras” que será realizado no município com recursos da venda das ações da Fábrica Ypu. Serão quase R$ 26 milhões em obras diversas, entre elas, a expansão do Hospital Municipal Raul Sertã, ampliação da Praça do Suspiro e construção de outra em Olaria, por exemplo.
Recursos oriundos da venda de ações
Como noticiou A VOZ DA SERRA, esse valor é fruto da venda de ações, que a princípio estava condicionada ao projeto de aquisição da Ypu, mas como o município perdeu o processo que movia para efetuar a compra do imponente prédio da fábrica de artefatos de couro, a prefeitura optou por uma nova destinação do dinheiro.
A compra do imóvel foi um projeto iniciado na gestão anterior. Inicialmente arrematada em leilão em 2014, por R$ 14,5 milhões e que teve a prefeitura como única interessada, a Ypu acabou alvo de um processo judicial de reintegração de posse. O pedido para que o imóvel fosse retomado pela diretoria e acionistas da empresa foi acatado pela Justiça em junho do ano passado.
Apesar da possibilidade de recorrer em outras instâncias da decisão do Tribunal de Justiça, o governo atual optou por dar uma nova destinação aos recursos. Segundo o prefeito, a venda das ações em um momento de alta do mercado financeiro resultou no valor de R$ 23 milhões, que aplicado e com as correções monetárias já passou dos R$ 25,8 milhões. A Câmara de Vereadores autorizou, em fevereiro, a aplicação dos recursos.
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