Presidente da Abranet visita Nova Friburgo

sexta-feira, 30 de setembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Eloir Perdigão

A Associação Brasileira de Internet (Abranet) tem como presidente o engenheiro, advogado e empresário do setor de tecnologia, Eduardo Neger, que esteve em Nova Friburgo terça-feira, 27, tratando de assuntos técnicos do setor. Eduardo visitou o provedor Gigalink onde falou do desenvolvimento da internet no Brasil e Nova Friburgo, e em especial do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

A ABRANET – Fundada em 1996, a Abranet tem como objetivo principal o apoio ao esforço na implementação de empresas provedoras de acesso, serviços e informações, buscando o desenvolvimento da internet no país; e como principais objetivos sociais o apoio às empresas brasileiras provedoras de acesso, serviços, informações, pesquisa, desenvolvimento e demais atividades profissionais relacionadas com internet e tecnologia da informação, incluindo acadêmicos que atuam como pesquisadores nas áreas de internet e tecnologia da informação no país.

Algumas das frentes de atuação da entidade são a promoção da conscientização da comunidade para a importância econômica e social das atividades na internet, promovendo sua difusão e utilização em aplicações industriais, comerciais, prestação de serviços, científicas e culturais; promoção e estímulo ao desenvolvimento de informações no que se refere às tecnologias de telecomunicações e teleinformática através da internet; promoção de fóruns através da rede e encontros presenciais; e a articulação entre os vários segmentos da sociedade, tendo como objetivo o desenvolvimento da internet no Brasil.

Outras frentes são a participação de forma ativa encaminhando às autoridades governamentais e demais entidades competentes, estudos e sugestões visando o desenvolvimento e fortalecimento do mercado nacional da internet; participação junto a autoridades governamentais dos debates para a definição das políticas que permitam garantir uma infraestrutura nacional, estadual e regional de conectividade de alta qualidade e compatível com os padrões tecnológicos mundiais; participação ativa no aprimoramento da legislação nacional, estadual e municipal relativa às atividades na internet em geral e, em especial, a proteção jurídica dos trabalhos na internet, objetivando assegurar os direitos autorais e de propriedade intelectual inerentes a essa tecnologia; participar e organizar eventos, cursos, seminários e palestras; manutenção de intercâmbio de caráter cultural e informativo com outras associações e entidades afins no Brasil e no exterior, promovendo, quando for o caso, atividades conjuntas; e o relacionamento com outras entidades internacionais que atuem no ramo da rede e tecnologia da informação.

Ainda são frentes da Abranet a cooperação entre seus associados para promover o desenvolvimento da internet no país; promoção do reconhecimento público de empresas privadas, entidades públicas e profissionais, através do Prêmio Abranet, que possam ser identificadas pelas suas ações e seu trabalho e se destaquem de forma diferenciada no seu nível de atividades na internet e tecnologia da informação; defesa e fiscalização, no seu âmbito de atuação, das condições de livre concorrência e isonomia entre os participantes do mercado específico, no que se refere à disponibilização de bens, serviços e produtos necessários aos associados ou não associados; representação dos consumidores de serviços de telecomunicações e internet em conselhos de usuários, entidades de defesa e proteção do consumidor, agências governamentais e demais instituições correlatas; e execução de atividades de pesquisa e desenvolvimento.

O PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA – Eduardo Neger disse que o governo federal tem feito um grande esforço para massificar a internet no Brasil. E o programa criado para isso é o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Para Eduardo, a grande importância desse plano é que trouxe a banda larga e o conceito de acesso à internet como essencial para o cidadão.

Segundo Eduardo, há algum tempo a internet era vista como coisa supérflua para um país que tem problemas de saneamento básico, geração de energia elétrica, entre outros. Ainda não era uma ferramenta essencial para o desenvolvimento do país. Agora, além de entrar na pauta do governo, é tida como prioridade da presidente Dilma Rousseff.

Ainda tímido, o PNBL começou com a reativação da Telebrás, que passou a fornecer enlaces para cidade menores, onde havia dificuldades de atendimento por concessionária. Porém o grande trunfo do programa foi ter colocado em pauta que o assunto é importante. Hoje há facilidades para que empresários invistam no setor, como financiamento, contato com operadoras e órgãos públicos para implementação do serviço de banda larga.

Em suas viagens Brasil afora, Eduardo ainda não viu nenhuma cidade que não tenha pelo menos um provedor de acesso. “Por menor que seja a cidade se encontra um provedor, nem que seja via rádio, com estrutura modesta, mas existem em todas as cidades do país”, diz, satisfeito.

O INTERIOR E NOVA FRIBURGO – Eduardo salientou que o interior do país é onde se registra um dos maiores índices de crescimento de internet, como em Nova Friburgo. Num primeiro momento as empresas investiram mais nos grandes centros urbanos e agora voltam suas atenções para o interior. Atualmente não se fala em expansão da rede sem falar do interior do país.

Para Eduardo, a internet ainda tem muito que crescer e a Abranet tem apoiado esse tipo de iniciativa, passando pela inclusão digital e massificação da internet para pessoas físicas, em suas casas. As empresas—inclusive as pequenas e de médio porte—já razoavelmente incluídas na internet estão incentivando seus clientes a também usar também a rede.

Eduardo ainda falou sobre outras questões relativas à internet, suas aplicações, redes sociais, serviços, servidores e gratuidade. Este último detalhe esbarra na questão dos custos, permanentes, que nem sempre os poderes públicos conseguem bancar. Por isso a melhor opção é o poder público digital, com facilidade de acesso de todos os seus setores. A internet continuaria sendo acessada via provedor, este sim, sempre acompanhando a evolução do setor e capazes de oferecer melhor serviço, sem aumentar preço, sempre regulado pela concorrência.

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