PESQUISAS sobre o hábito de leitura do brasileiro mostram que, infelizmente, ainda é pequeno o número de pessoas que têm este saudável hábito. Prova disso são os dados obtidos pela pesquisa sobre os hábitos culturais feita em setenta cidades de nove regiões metropolitanas, realizada pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro no primeiro semestre deste ano.
OS DADOS obtidos mostram que setenta por cento dos entrevistados não leram um livro sequer em 2014. A leitura de livros caiu de 35% para quase 30% dos entrevistados. A internet nos smartphones foi apontada na pesquisa como um dos principais responsáveis pela diminuição da leitura — entre os jovens, principalmente. A resposta mais frequente dos entrevistados foi que eles não leem por falta de hábito.
DEVEMOS lamentar esta triste estatística. Quando se constata a falta de hábito de leitura do cidadão brasileiro, que mal chega a ler dois livros por ano. Todos sabemos como é importante a criação de hábitos de leitura nas nossas crianças e jovens e que são lacunas desta área que estão a raiz de muitos problemas que afligem o panorama da educação no país, com reflexos também em Nova Friburgo.
MESMO COM inúmeras dificuldades, o governo federal é o maior comprador individual de livros escolares do mundo, embora, se considerarmos o número de matriculados no ensino fundamental, os programas sociais de compra de livros distribuam 3,3 livros por aluno por ano em média. Adquiriu centenas de milhões de livros didáticos e dezenas de milhões de livros de literatura para uso nas escolas e continua estimulando o hábito de leitura na rede pública de ensino.
A CRIANÇA, ao ser alfabetizada e tomar os primeiros contatos com a leitura e a conviver com os livros, terá menos dificuldades em selecionar e se aproveitar do saber que está nos livros. Se não ocorrer esta informação inicial, o hábito de leitura será um grande sacrifício, e a saída será o imediatismo da Internet ou da reprodução resumida, sem atingir o grande universo formador que só o livro pode dar.
PODEMOS chorar sobre o assunto ou enfrentar o problema e contribuir para o fortalecimento do hábito de leitura às futuras gerações. A criação de uma rede de bibliotecas nos distritos e localidades afastadas, por exemplo, serviria como um estímulo à qualificação escolar e à aquisição de novos hábitos por todas as gerações. Este seria um bom presente da administração municipal para as crianças no mês de outubro que se avizinha.
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