Estando ou não no que costumamos chamar de "poder”.
Estão em todos os lugares e coordenam tripla, quádrupla jornada com muita competência. Profissionais, esposas, mães, donas de casa, avós, chefes (inclusive de Estados). Ocupam cargos políticos, dirigem caminhões, vão ao espaço e cultivam a terra. São cientistas, artistas, estudantes, empregadas domésticas, empresárias, taxistas, engenheiras. Comandam até navios e pilotam aviões.
Por isso, não provoque:
é cor de rosa choque!
E, decididamente, dondoca
é uma espécie em extinção...
Com um exército pesado de energia e determinação, as mulheres vão mostrando que têm poder e vão dando um show no que fazem, mostrando que o sexo frágil não foge à luta.
É ou não é pra ficar BA-BAN-DO!?
Dorinha
Dedicada e lutadora, essa é Maria das Dores Pacheco, mais conhecida como Dorinha. Numa luta constante para entender e buscar tratamento qualificado para o caso de um de seus quatro filhos, Rafael, Dorinha se uniu a alguns pais de portadores de deficiência e fundou a Apae de Nova Friburgo. Começou a dedicar seu tempo e coração não só para seu filho, mas também para oferecer uma vida melhor aos portadores de deficiência, que são atendidos pela instituição, e seus parentes. Falar em Apae de Nova Friburgo é falar em Dorinha e, por isso, não podíamos deixar de fora dessa homenagem esse exemplo de mãe e mulher.
Um grande exemplo de superação, Maria Helena Moraes dos Santos trabalhava em uma antiga companhia telefônica do Estado do Rio quando notou um caroço no seio. Era um câncer. Por fazer exames anualmente, a aceitação da doença foi difícil, mas ela não desistiu. Com o apoio da família, amigos e, principalmente, do marido que lhe deu muita força, Maria Helena continuou no trabalho por mais um ano e meio até se aposentar. Fez o tratamento e cirurgia. Conviveu com o câncer de mama durante alguns anos e conseguiu derrotá-lo há mais de 19 anos. Recebeu convite para integrar a Associação da Mulher Mastectomizada de Nova Friburgo. E há sete anos como presidente da entidade – que é uma referência quando se fala em apoio às vítimas da doença – ela e sua equipe têm doado seu tempo para se dedicar e dar suporte às mulheres que ainda lutam contra este câncer. Maria Helena Moraes dos Santos, um exemplo de força e amor pelo próximo.
Adriana Ventura
Administrar um jornal não é fácil. Principalmente quando este é uma herança. Fundado pelo avô, Américo, Adriana Ventura se tornou diretora de A VOZ DA SERRA com o falecimento do pai, Laercio Ventura, grande administrador do jornal durante décadas. Determinada, Adriana resolveu encarar o desafio e levar A VOZ DA SERRA adiante. Da desconfiança inicial – o que acontece com todos os filhos que assumem a empresa do pai –, Adriana vem provando que A VOZ DA SERRA irá muito mais longe do que seus 69 anos atuais. Com uma visão empreendedora e arrojada, a diretora vem, passo a passo, modernizando o jornal e estruturando-o para o futuro.
Talentosa e muito discreta, Regina Lo Bianco declara: "A fotografia é a minha forma de colaborar com a história da cidade”. E quem não conhece as lindas fotos das muitas partes do município? Rios, montanhas, vegetação, pessoas. Mas Regina não se furta de registrar também as transformações, para pior, dos bairros e distritos, principalmente a provocada pela degradação do homem. Seu trabalho está por Nova Friburgo toda, em cartões-postais, exposições, reproduções que embelezam diversos estabelecimentos e – sorte nossa – constantemente nas páginas de A VOZ DA SERRA.
Liete Ferreira
Merendeira da prefeitura, Liete se dedica também às faxinas para complementar a renda.
Mas quem pensa que as duas cansativas atividades fazem Liete Ferreira Ramos esquecer o futebol feminino, está enganado. Envolvida com o esporte desde a década de 80, ela, que já passou pela equipe feminina do Friburguense, se dedica atualmente à equipe do Renascer, do Cordoeira. Liete coordena cerca de 25 jogadoras, de 10 a mais de 30 anos, segundo ela. "A gente vai convivendo com elas, orientando para que sigam o caminho certo, enfim, a gente faz o que pode. Faço o que posso, eu corro atrás para manter esse trabalho, mas gostaria de poder oferecer mais, alguns cursos, por exemplo”, diz ela.
Lee Santos
Linea Schineider, ou melhor, Lee Santos, acaba de completar 32 anos de carreira. Cantora, compositora, violonista e professora de música, ela também é poeta, tendo dois poemas lançados numa antologia poética em Lisboa, Portugal. Apaixonada e ferrenha defensora da nossa cultura, Linea, que lançou em 2012 o CD "Diamante”, já está em fase de gravação do segundo, "Alma Feminina”, dedicado às compositoras dos quatro cantos do Brasil. Ela conta que nos últimos meses vem compondo muito, atividade que divide com aulas de canto e com os muitos shows que tem feito, principalmente no Rio de Janeiro, como no Godofredo Rio, um espaço em Botafogo, cujo dono é filho de Beto Guedes. "Amo minha cidade, Friburgo, mas estou ultrapassando fronteiras”, afirma Lee Santos, que recebeu, ano passado a Comanda de Embaixadora do Sesquicentenário da Euterpe Friburguense.
Depois de assistir aos desfiles das escolas de samba de Friburgo, uma turista se surpreendeu ao ver aquela senhora, com seus brilhantes vestidos, participando do bloco Dos 9 aos 90 e, uma hora depois, já com outra roupa, sendo jurada do concurso Rei do Carnaval. "Nossa! É a mesma mulher?”, perguntou-se ela. A resposta é óbvia. A personagem em questão era Marly Pinel. Com uma energia inigualável, Marly é a nossa eterna diva, não só do carnaval.
Rosângela Cassano
Uma referência para muitas mulheres que sofrem com a violência doméstica, Rosângela Cassano atuou como advogada do Centro de Referência da Mulher por quatros anos. Em 2011, assumiu a coordenação administrativa do centro e desde então tem se dedicado a proporcionar um melhor atendimento, acompanhamento e, com isso, uma vida mais digna a essas mulheres que sofreram e ainda sofrem de maus-tratos. Implementando cursos de capacitação e reuniões de reflexão, Rosângela Cassano é um exemplo de mulher que não desiste de lutar.
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