Na última segunda-feira, 27, uma comissão de pais de alunos da Escola Municipal Juscelino Kubitschek de Oliveira e o secretário de Educação, Renato Satyro, se reuniram com o prefeito Rogério Cabral para discutir o retorno dos alunos para Varginha.
Na semana passada, após o acidente com um dos ônibus escolares que transportavam os estudantes até o antigo Colégio Cêfel, no Paissandu, onde os alunos da JK estudam provisioriamente, desde que o prédio da escola foi interditado no ano passado, a Secretaria de Educação junto com a comissão de pais de alunos começou a analisar alternativas para que as crianças e adolescentes da JK pudessem voltar a estudar no próprio bairro onde a maioria reside.
O objetivo é que os alunos voltem a ter aulas no bairro Varginha ainda este ano, mas, ainda não será na nova sede da Escola JK que a prefeitura pretende construir num terreno já definido. Falta ainda a licitação para escolha da empreiteira que irá construir a nova escola.
Durante a reunião desta segunda-feira, o prefeito se comprometeu em dar início à obra de adaptação do prédio antigo da JK ainda este ano, mas admitiu que enfrenta dificuldades em conseguir recursos para construir a nova escola, já que a construção, que inclui um ginásio poliesportivo, está orçada em cerca de R$ 2,7 milhões.
Até que essa obra seja finalizada, os alunos voltarão a ter aulas no antigo espaço da JK, que havia sido interditado pela Defesa Civil devido à precariedade do imóvel. O prédio foi novamente visitado na semana passada e teve o primeiro piso liberado após vistoria.
Dois engenheiros devem visitar o local para fazer um projeto, avaliando o custo da reforma. Ainda de acordo com o prefeito, o governo irá buscar recursos de patrocínio para agilizar essa obra emergencial, já que, segundo ele, a realização de uma licitação, com todos os prazos obrigatórios, não permitirá a inauguração da nova JK ainda este ano.
A comissão de pais propôs um mutirão com moradores da comunidade para agilizar o processo de retirada da estrutura de madeira que compõe o segundo piso do imóvel localizado na Rua Leonino Dutra, em Varginha, mas a ideia foi descartada. “Resolvemos cancelar o mutirão porque ficamos preocupados com a segurança de quem iria ajudar. Achamos arriscado e optamos por evitar futuros problemas”, afirmou Adriana Vieira Martins, mãe de dois alunos da JK e membro da comissão de pais.
Segundo Renato Satyro, está sendo feita a análise quantitativa das turmas para se definir quantas salas serão necessárias para comportar todos os estudantes do 1º ao 9º ano do ensino fundamental no primeiro piso do prédio e se haverá necessidade de dividir os cômodos.
Caso o espaço físico do térreo — área liberada pela Defesa Civil, mediante a reforma, com pintura, reparos na parte elétrica e hidráulica — não seja suficiente, será preciso analisar outras possibilidades junto a comissão de pais, como a criação de um terceiro turno de aulas. O objetivo, segundo Satyro, é ter encontros regulares com a comissão para que os pais e a comunidade acompanhem o andamento do processo da nova escola e decidam, junto com a secretaria, sobre cada passo necessário para que os alunos retornem ao bairro ainda no segundo semestre.
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