As obras de contenção do leito do Rio Santo Antônio, na altura da Avenida Campesina Friburguense, no Bairro Ypu, foram totalmente assumidas pela Prefeitura de Nova Friburgo nesta semana, depois que o governo do estado parou de fazer os repasses ao município por causa da crise econômica. Na manhã desta segunda-feira, 8, funcionários da Secretaria Municipal de Obras retomaram a construção do muro de concreto às margens do rio que, agora, será financiada somente com recursos do município.
“Decidimos assumir a obra porque falta pouco para terminar a construção do muro. A base está pronta e nossa equipe está construindo sobre ela o muro de gabião, uma estrutura metálica em formato de gaiolas, feitas com telas de aço ou arame e preenchidas com pedras, que fará a contenção do trecho. Por isso, o contrato com a empresa que executava o serviço será rescindido, já que o governo do estado parou de fazer os repasses”, explicou o secretário de Obras, Jeferson Pires Aragão.
A obra começou a ser construída no segundo semestre de 2014, pela empreiteira carioca Engrest Engenharia — quase sete anos depois que o Rio Santo Antônio inundou e desmoronou parte da encosta abrindo uma cratera próxima à igreja de São Bento Abade.
A construção do muro foi orçada em torno de R$ 633 mil e estava sendo paga com recursos do governo estadual (95%) e municipal (5%), por meio do programa Somando Forças, uma parceria para financiamento de obras. Por causa dos atrasos nos repasses do estado, a empresa abandonou o canteiro de obras há quase um ano.
Em meio ao impasse, Jeferson disse que fez as contas e decidiu retomar a construção do muro ao constatar que a obra não custará muito aos cofres da prefeitura. “A Secretaria Municipal de Obras tem parte dos materiais necessários para o serviço e não terá despesas extras com a mão de obra, que é própria da prefeitura”, explicou o secretário. O valor final ainda não foi fechado, mas o muro deve ser concluído até outubro.
Banheiro público
Mais de sete meses após o término das obras, o banheiro público construído para os motoristas do ponto de frete na Rua Coronel Zamith e para os comerciantes que trabalham, aos sábados, na tradicional feira livre na Avenida Campesina, deve ser entregue ainda este mês. Em julho, A VOZ DA SERRA, mostrou que o banheiro ainda não havia sido inaugurado, mas já estava depredado e era usado por moradores de rua.
Nesta segunda-feira, 8, a porta que havia sido arrancada foi recolocada no sanitário, mas ainda há pichações nas paredes do imóvel. A construção custou aos cofres públicos cerca de R$ 42 mil. A Secretaria de Obras informou que solicitou a ligação de energia elétrica e água às concessionárias e, em breve, inaugurará o banheiro público.
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