A poda dos brotos que nasceram nas dezenas de troncos cortados dos eucaliptos da Praça Getúlio Vargas provocou mais um burburinho entre um ativista do movimento Abraço às Árvores - SOS Praça Getúlio Vargas e funcionários da Prefeitura na manhã de ontem, 11. Uma equipe da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, responsável pela limpeza e manejo da praça, estava cortando os brotos para reduzir o tamanho dos arbustos quando foi abordada pelo manifestante que questionou a legalidade do serviço.
“Eu passei pela praça e vi que os funcionários estavam cortando os brotos sem acompanhamento de nenhum técnico ou responsável. Eles me disseram que estavam apenas cumprindo ordens da Prefeitura. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) determina que qualquer intervenção nas árvores deve ser realizada em situações de emergência, com autorização das autoridades competentes e acompanhada por técnicos capacitados. Por que, então, matar os brotos?”, disse o ativista, que pediu para não se identificar.
O TAC que o manifestante se refere foi proposto pelo Ministério Publico Federal em Nova Friburgo depois que algumas irregularidades foram identificadas na operação de poda e cortes dos eucaliptos da Praça Getúlio Vargas. Os serviços começaram em janeiro deste ano. Mais de 20 árvores foram cortadas e outras dezenas foram podadas pela Prefeitura de Nova Friburgo. Pelo menos dois eucaliptos foram cortados sem necessidade, segundo um laudo do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Além disso, algumas contradições também foram encontradas nos dois laudos que nortearam a operação na praça. Os serviços só podem recomeçar depois que o terceiro laudo ficar pronto.
Em nota, a Secretaria de Serviços Públicos informou nesta quinta-feira, 12, que “havia uma equipe fazendo a limpeza da Praça Getúlio Vargas quando um dos funcionários, por engano, podou os brotos de um toco. No entanto, ao ser informada, a secretaria imediatamente suspendeu o trabalho, já que, como citado, a poda somente será feita em casos emergenciais”. O MPF não respondeu ao e-mail até o fechamento desta reportagem.
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