Prefeitura entrega 20 casas populares a famílias vítimas das enchentes de 2007

sexta-feira, 04 de dezembro de 2009
por Jornal A Voz da Serra

(SECOM) - Na manhã desta quarta-feira, 02, as secretarias municipais de Obras e de Assistência Social, órgãos da Prefeitura de Nova Friburgo, entregaram 20 casas populares (dois quartos, sala, cozinha e banheiro) às vítimas da enchente de 2007. As unidades foram construídas na localidade de Lagoa Seca, como parte da ação Resposta ao desastre, e foram viabilizadas a partir de convênio firmado entre o governo federal e o município, através da Caixa Econômica Federal (CEF).

O secretário interino de assistência social, Diogo Celles Cordeiro, e o secretário municipal de Obras, Hélio Gonçalves Corrêa, este último representando o prefeito Heródoto Bento de Mello, auxiliados pela advogada da Secretaria de Assistência social, Carla Künzel, entregaram a cada uma das 20 famílias as chaves da casa e um Termo de Permissão de Uso, documento este que antecede a escritura e o posterior registro.

 

Projeto técnico social

 O projeto técnico social Resposta ao desastre prevê a construção de um total de 186 casas, sendo que, com a entrega dessas 20 unidades, já foram entregues 70 até o momento: 38 casas na Granja Spinelli e 52 casas na Lagoa Seca. Carla explicou que a Secretaria de Assistência Social obedece a critérios do projeto, com base em estudos. Um deles é que a família prejudicada com a enchente de 2007 só poderia se candidatar a receber a chave de uma casa comprovando renda mensal de até dois salários mínimos. “Quando todas as casas estiverem prontas e forem entregues às famílias, cada uma delas receberá do município um documento de doação e passará, então, a ser proprietário legítimo. De qualquer forma, com o Termo de Permissão de Uso, o responsável pode solicitar as contas de energia e de água, entre outros serviços, inclusive Correios”, esclareceu a advogada.

Segundo o secretário municipal de Obras, mais 32 casas se encontram em fase final de construção, em local próximo das recém-inauguradas, com previsão de entrega no início do próximo ano. Hélio Corrêa, que percorreu algumas casas com o secretário Diogo, presenciando a emoção das pessoas que estavam recebendo a chave de casa, disse à comunidade que, tão logo o prefeito volte da viagem, irá com ele visitar a localidade. “Vamos pavimentar essa área e cuidar das encostas”, concluiu o secretário.

Em cerimônia simples, Diogo Celles agradeceu a parceria das secretarias de Meio Ambiente e de Obras para que o trabalho fosse concluído, embora a responsabilidade da obra em si seja da empresa licitada especialmente para executar o projeto. “O trabalho da Secretaria de Assistência Social é árduo. A parceria com todas as outras secretarias é fundamental, pois a partir da entrega das casas, a própria comunidade vai identificando as necessidades e precisamos desse entendimento para atender às famílias. Todos os meses precisamos entregar relatórios e prestar contas da verba destinada ao projeto, sem falar nas reuniões com as famílias. Mas tudo isso compensa com a satisfação das pessoas”, explicou o secretário Diogo Celles.

 

Natal na casa nova

Valéria Cardoso, doméstica de 38 anos, largou seus afazeres para ir receber a chave de sua casa, de número 58. Mãe de dois filhos, um de nove e outro de 10 anos de idade, desde a enchente de 2007 ela está morando em Duas Pedras, na localidade de Lazaretto. Valéria disse que pretende mudar-se em janeiro de 2010 para a nova casa, para não interromper os últimos dias de aula dos filhos e poder se adequar à nova vida. Com o valor do aluguel que atualmente paga e a partir da sua mudança, Valéria pretende investir na casa e comprar móveis.

Gilsimar de Souza, que recebeu a casa de número 33, pretende mudar com a família no próximo dia 20, para passar a Noite de Natal na casa nova. Segundo ele, sua esposa e seus dois filhos menores de idade ganharam “um grande presente de Papai Noel”. Atualmente morando na localidade de São Jorge, ele já pensa em ampliar a construção e murar ao redor para garantir a segurança da família e oferecer mais conforto às crianças. Quanto ao ocorrido em 2007, quando morava no Loteamento Maringá e perdeu tudo com a enchente, é história que ele prefere deixar para trás, pois até hoje não consegue encontrar explicações para justificar toda a tragédia.

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