(SECOM) O único abrigo oficial que funciona em Nova Friburgo, localizado no conhecido Sase, em Olaria, deverá ser desativado em breve, segundo informações do secretário municipal de Assistência, Desenvolvimento Social e Trabalho, Josué Ebenézer de Souza Soares. O prefeito do município, Sérgio Xavier, determinou que todos os esforços sejam feitos para que as famílias que ainda permanecem no local possam ser assistidas a ponto de não precisarem mais do abrigo.
O secretário, que assumiu recentemente a Secretaria de Assistência Social, informa que há duas questões relativas a abrigos criados durante o período chuvoso de janeiro deste ano. “Obtive a informação que há famílias abrigadas na antiga Casa de Passagem, em Amparo, famílias estas que teriam invadido o local, uma vez que o espaço está desativado. Estamos averiguando a situação para assistirmos essas pessoas de alguma forma. Outra questão é o abrigo do Sase, o único oficial na cidade. Embora ainda haja dez famílias, cerca de 40 pessoas (adultos e crianças), em breve todas terão condições para deixar o local. Esta é a orientação do prefeito e já estamos trabalhando para que isso aconteça o mais breve possível”, explicou Ebenézer.
O coordenador do abrigo, Antonio Fagundes, trabalha no abrigo em conjunto com uma equipe formada por psicólogo, assistente social, entre outros, de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h. Segundo o secretário, após este horário um guarda municipal permanece no local cuidando do patrimônio e aos fins de semana, sempre que necessário, é montado um sistema de plantão. São fornecidas três refeições por dia (café da manhã, almoço e jantar) e mantida a limpeza das áreas comuns.
O abrigo funciona no terceiro andar do prédio conhecido como Sase, mas totalmente independente do Cras—Centro de Referência de Assistência Social—de Olaria.
“Das dez famílias que ainda se encontram no abrigo, cinco recebem o aluguel social e vivem uma situação dúbia; alguns membros das famílias possuem emprego, porém possuem dificuldade para entender que o lugar delas não é mais ali. Quatro famílias já se comprometeram a deixar o local tão logo recebam o aluguel social; e neste sentido, junto com o governo estadual, esta situação será resolvida ainda este mês; tenho a certeza. E há um rapaz que não é remanescente da tragédia, é um morador de rua, mas houve um pedido para que o colocassem lá no início do ano”, comenta Josué.
Com a prorrogação do pagamento do aluguel social por mais 12 meses, o secretário acredita que a questão do abrigo em Olaria será resolvida. “Recebemos a informação do Estado que das 2.100 famílias cadastradas no Aluguel Social, cerca de 600 deverão receber. Há cadastros irregulares, repetidos, e por isso os dados estão sendo checados”, explica o secretário, sugerindo que a comunidade doe cestas básicas à Secretaria Municipal de Assistência Social, uma vez que a mesma não tinha, e não tem, orçamento para gastos extras. Josué explica que toda semana, por exemplo, são gastos de três a quatro botijões de gás para a produção das refeições para o abrigo de Olaria. E lembra: “161 famílias receberam o aluguel social em novembro e mais 30 deverão receber ainda este mês. Estamos dialogando com o Estado para solucionar as questões referentes ao aluguel social”.
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