Arquivo de Notícias
Prefeito retoma maioria na Câmara
quinta-feira, 06 de junho de 2013
por Jornal A Voz da Serra
"Centrão” racha e reunião interna dos vereadores é marcada por troca de acusações
Fora das lentes da TV Câmara, os vereadores friburguenses participaram de uma reunião tumultuada na terça-feira, 4. Com a presença dos 21 parlamentares, o clima foi tão pesado, com troca de acusações pessoais entre alguns parlamentares, que por pouco o encontro no gabinete da presidência da Casa Legislativa não terminou em briga, graças a providencial intervenção da turma do "deixa disso”. O estopim das desavenças foi a implosão do "centrão” — grupo recém-formado de sete vereadores com o intuito de formar um bloco "independente”.
O resultado da referida reunião interna dos vereadores, segundo relatos de diversos parlamentares, foi a reconquista por parte de Rogério Cabral (PSD), que havia perdido mês passado a maioria no Legislativo, da simpatia de parlamentares que, recentemente, faziam discursos contra o governo municipal.
Segundo as contas de governistas e opositores, o prefeito, que tinha uma bancada de 10 vereadores, depois desta reunião passou a ter mais um integrante, o que lhe garante a maioria simples: 11 votos. Entretanto, este número tende a aumentar nos próximos dias, com a adesão de mais três ou quatro membros do "centrão”.
Tensão e constrangimento
A reunião interna dos 21 vereadores, ontem, evidenciou que, quando quer, o governo municipal consegue maioria na Câmara. Mesmo que para isso haja tensão e constrangimento entre os parlamentares. Foi o que, mais uma vez, ocorreu.
O pavio da tumultuada reunião interna da Casa foi aceso pelo líder do governo na Casa, Alexandre Cruz (PMD), quando propôs que os presentes decidissem se ficariam ou não na base governista. A sugestão para que quem estivesse a favor levantasse a mão criou constrangimentos. Num primeiro momento, apenas 10 disseram que sim, mas, logo em seguida, a quantidade subiu para 11 (maioria simples) com a adesão de Joelson do Pote (PSD) — ex-integrante do "centrão”. "Sou do PSD, partido do prefeito Rogério”, teria justificado Joelson.
Além de Joelson, fazem parte da base governista os vereadores Alexandre Cruz, Márcio Damazio (PSD), Marcelo Verly (PSDB), Francisco Barros (PHS), Gustavo Barroso (PSD), Vanderléia Pereira (PRP), Nami Nassif (PSC), José Carlos Jacutinga (PRP), Alcir Fonseca (PHS) e Ricardo Figueira (PSDC).
Segundo vários parlamentares, embora não tenham, de pronto, aderido, os vereadores Wellington Moreira (PRP) e Renato Abi-Ramia (PMDB) também já estariam sensíveis ao apelo do líder do governo para retornarem à base de apoio a Rogério Cabral. Outros dois vereadores, ex-integrantes do "centrão”, também estariam sensíveis aos argumentos de Alexandre Cruz, incumbido pelo prefeito, para retomar, no mínimo, a maioria absoluta (14 votos) na Casa, garantindo ao Executivo sucesso nas votações que necessitem do aval de dois terços do plenário.
Segundo narrativas de vários vereadores, o climax da reunião foi uma áspera discussão entre os vereadores Wellington Moreira e Cigano que, segundo informações, só não chegaram às vias de fato graças a providencial intervenção dos colegas.
"Muitos vereadores dependem da Prefeitura e isso, lógico, influência o debate na Câmara. Num dia o vereador faz um discurso inflamado e no outro adota atitude diferente. É o que está acontecendo”, diz um dos parlamentares. "Após seis meses, o jogo começou a valer de verdade”, acrescenta.
Magistério estadual ganhará reajuste: 8%
Os professores da rede estadual de ensino ganharam aumento salarial de 8%. O projeto de lei com a alteração foi aprovado, nesta terça-feira, 4, pela Assembleia Legislativa (Alerj). Extensivo também aos aposentados e pensionistas, o reajuste tem o mês de junho como referência. Mais de 172 mil funcionários públicos serão beneficiados.
Com a medida, o salário inicial de um docente de 30 horas semanais vai subir de R$ 1.878,40 para R$ 2.028,67, além dos benefícios mensais de transporte (até R$ 110) e alimentação (R$ 160).
Projeto prevê pena de prisão para quem fizer falsas acusações a candidatos
O projeto de lei que tipifica o crime de acusações infundadas e injustas com a finalidade eleitoral foi aprovado esta semana pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. O texto, que ainda precisa ser aprovado pelo plenário da Casa, modifica o Código Eleitoral e estabelece a prisão de dois a oito anos, além de multa, a quem acusar injustamente um candidato a cargo eletivo de crime ou ato infracional.
De acordo com o texto, a punição vale para aqueles que fizerem acusações, mesmo sabendo que a pessoa é inocente, e quando for identificada a finalidade eleitoral da denúncia. Ainda, segundo o projeto, a punição será aplicada também a quem tiver ciência da inocência do candidato e divulgar a falsa acusação com finalidade eleitoral.
De acordo com a relatoria da matéria, a proposta visa penalizar a denunciação caluniosa no âmbito das campanhas eleitorais para evitar que atitudes irresponsáveis e levianas interfiram no resultado do pleito eleitoral.
Deputados adiam temas polêmicos
Um grupo de trabalho da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 4, o texto principal de uma proposta de minirreforma eleitoral para as eleições de 2014. A proposta estabelece, entre outros pontos, a regulamentação da pré-campanha.
Os deputados, no entanto, deixaram os pontos polêmicos para serem decididos pelo colégio de líderes da Casa, como alterações na Lei da Ficha Limpa. A ideia é que após passar pelo crivo dos líderes o projeto seja levado para votação no plenário da Câmara.
A medida de maior consenso entre os deputados regulamenta a chamada pré-campanha, liberando especialmente as ações na internet. Pelo texto, os candidatos podem pedir votos em sites pessoais e em redes sociais, além de blogs e microblogs. Nesse período, sem prazo específico, não poderá ocorrer arrecadação de recursos nem campanha ostensiva, como participação em passeatas e comícios.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Deixe o seu comentário