Prefeito eleito revela estratégia e táticas que o levaram à vitória

quinta-feira, 11 de outubro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Uma equipe coesa e afinada, a escolha acertada para compor a chapa majoritária (vice) e ainda uma articulação partidária consistente são importantes em qualquer campanha eleitoral. Os apoios políticos internos e externos que se seguiram também somaram. O comprometimento familiar foi um pilar importante. Todos estes ingredientes foram vitais para que o então candidato Rogério Cabral tenha saído vitorioso das urnas no último domingo, 7. Aliás, a sétima vitória consecutiva na vida pública—foi vereador quatro vezes e deputado estadual em outras duas oportunidades. Numa disputa acirrada como foi o pleito deste ano—uma diferença de apenas 2.929 votos sobre o estreante Jairo da Wermar—alguns fatores fizeram a diferença. A fórmula exata, segundo o prefeito eleito, foi simples:“Usei cinco ‘S’: suor, serviço, sapato, santinho e saliva”, revela Rogério Cabral referindo-se ao árduo trabalho ao qual se entregou nos últimos três meses, seu histórico de realizações, as andanças pelos quatros cantos da cidade, o material de campanha e, claro, o discurso embasado.Aos 50 anos de idade, homem de origem humilde, simples e rural, pouco estudo convencional, Rogério Cabral também utilizou uma tática “de guerra” muito explorada em jogos como “War”—quem não o conhece?—para fazer o diferencial na reta de chegada da campanha, quando ele e Jairo apareciam tecnicamente empatados na preferência do eleitorado, segundo a pesquisa Gerp. O alvo a ser atacado foi a grande quantidade de indecisos.“Acho que ganhei do Jairo quando ele invadiu a minha área [São Lourenço e adjacências]. Ele realizou muitos comícios e outras atividades na minha área, acreditando que poderia dominar a minha região. Eu sou de lá e as pessoas me conhecem. O horizonte eleitoral naquela região ficou muito restrito para ele. Enquanto ele não conseguia avançar, a minha estratégia foi contornar e entrar nos territórios que ele, a princípio, dominava. Com isso, consegui fazer uma multiplicação maior de votos, que acabaram fazendo a diferença”, conta.Só um vereador aumentou votação em relação a 2008Dos 12 atuais vereadores, apenas um não concorreu à reeleição. No caso, Manoel do Pote. Ele, no entanto, repassou ao filho o seu prestígio político: Joelson do Pote acabou sendo o candidato mais votado para a Câmara no último domingo, 7, com 2.643 votos. Comparando com a votação obtida pelo patriarca em 2008 (2.188 votos), Joelson conseguiu 455 votos a mais. Uma vitória da família. Entre os outros 11 vereadores que concorreram à reeleição, apenas um, Márcio Damázio, conseguiu obter mais votos em 2012 do que há quatro anos. No pleito de 2008, Damázio havia conquistado 1.296 votos, que o levou à primeira suplência do atual prefeito Sérgio Xavier. Ele só assumiu o mandato em novembro de 2011 quando ocorreu a troca de prefeito e, na eleição deste ano, a sua votação dobrou de tamanho: 2.453 votos.Dos atuais vereadores, segundo o resultado divulgado pela Justiça Eleitoral, além de Damázio, somente outros quatro conseguiram se reeleger: Pierre Moraes (PDT), com 2.191 votos; Cláudio Damião (PT), com 1.872 votos; Renato Abi-Ramia (PMDB), com 1.713 votos; e Marcelo Verly (PSDB), com 1.631 votos. No entanto, todos eles com menos votos em relação ao pleito de 2008. Há quatro anos, Pierre teve 2.500; Damião, 2.928; Renato, 2.684; e Marcelo, 1.631.Os demais parlamentares, além de não terem alcançado o sucesso, também viram seus prestígios políticos minguarem perante ao eleitorado friburguense. Entre os candidatos à reeleição, o “lanterna” foi Edson Flávio. Aliás, na primeira sessão ordinária após o pleito, ele foi alvo de duras críticas de vários colegas de parlamento: Luciano Faria, Marcos Medeiros, Isaque Demani e Reinaldo Rodrigues acusaram Edson Flávio de ser o responsável pelas “lambanças” na convenção do PR, presidido por ele. Tais “lambanças” tiraram o partido do horário eleitoral, gerou questionamentos às candidaturas e impediu as alianças proporcionais anteriormente acertadas. Prevendo a ira dos colegas, Edson Flávio não ficou para ouvi-las: deixou a sessão às pressas.Vereador 2008 2012Márcio Damázio 1.296 2.453Vanozinho 2.103 692Luciano Faria 2.493 1.452Marcos Medeiros 5.550 1.689Renato Abi-Ramia 2.684 1.713Marcelo Verly 2.580 1.631Isaque Demani 2.125 1.478Reinaldo Rodrigues 2.329 840Pierre Moraes 2.500 2.191Cláudio Damião 2.928 1.872Edson Flávio 1.557 570
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