(SECOM) Na última semana, o prefeito Sérgio Xavier, o secretário de Educação Ricardo Lengruber, o secretário de Governo André Guedes e o vereador Márcio Damázio se reuniram com a direção do Instituto Ibelga e com representantes das associações de moradores de Salinas e de Vargem Alta para estudar possíveis melhorias nas escolas que trabalham com Pedagogia da Alternância.
A pedagogia da alternância consiste em uma metodologia de organização do ensino escolar que intercala períodos de convivência em sala de aula com outros de trabalho no campo. A medida, que visa diminuir a evasão escolar em áreas rurais, começou a tomar forma na França, em 1935, e, no Brasil, a experiência com o método surgiu em 1969, no Espírito Santo, onde foram construídas as primeiras Escolas Famílias Agrícolas.
As experiências mais conhecidas neste âmbito são aquelas desenvolvidas pelas Escolas Família Agrícolas (EFAs) e pelas Casas Familiares Rurais (CFRs), e existe ainda a nomenclatura genérica, Centros Familiares de Formação por Alternância (Ceffas), que se refere às Instituições que praticam a alternância educativa no meio rural.
Em Nova Friburgo, o Ceffa Rei Alberto I, também conhecido como Colégio Ibelga, localizada em Três Picos, Salinas, possui vasta experiência em pedagogia da alternância. Os alunos permanecem na escola por uma semana, em horário integral, e por uma semana ficam em casa, onde auxiliam os pais nas lavouras e colheitas e ainda se dedicam a alguns projetos escolares. Nesta unidade, os alunos têm as disciplinas regulares do currículo do Ensino Fundamental e do Médio, além de outras voltadas à agricultura e às atividades de manutenção do espaço escolar. Cada aluno possui uma tabela de atividades, tais como varrer as salas e lavar a louça, que deve ser cumprida fora do horário das aulas, já que permanecem na escola em horário integral.
Embora seja uma alternativa interessante e eficiente, para manter o aluno inserido nas atividades do campo, mas sem evasão escolar, a pedagogia da alternância ainda é pouco difundida e merece atenção especial. No encontro com o prefeito, entrou na discussão a questão do Pronacampo—Programa Nacional de Educação no Campo—, lançado em março pelo governo federal. O Programa visa fornecer apoio técnico e financeiro para implementação de uma política de educação no campo, e inclui medidas voltadas tanto para a construção e reforma de escolas na Zona Rural quanto cursos de formação continuada para professores destas Unidades de Ensino. Cálculo preliminar do MEC mostra que 78 mil professores das zonas rurais têm apenas o ensino médio. O programa pretende levar formação para esses docentes. A intenção é criar pequenos núcleos da Universidade Aberta do Brasil, sistema de ensino a distância do governo federal.
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