Mais um passo em busca de um recomeço para o antigo casarão do Colégio Nova Friburgo foi dado na manhã desta terça-feira, 11. O imponente complexo amarelo do Parque da Cascata, na Vila Nova, foi visitado pelo prefeito Renato Bravo e uma comissão da Associação dos ex-Alunos, Professores e Funcionários da extinta instituição. Além de conhecer toda a estrutura, em desuso há cerca de cinco anos, a inspeção se deu também para que fossem avaliadas as instalações para execução de futuros projetos no local.
“A prefeitura tem todo o interesse de participar e desenvolver ações nesse espaço. Acredito que aqui deve ser um lugar voltado a população”, afirmou o prefeito durante visitação. Além de Renato Bravo e representantes da associação, o evento também contou com a presença do secretário de Turismo, Wilton Neves, de Esportes, Waldemir Caetano, Cultura, Marcos Marins e Educação, Josane Marchon.
Para o ex-administrador do espaço pela Fundação Getúlio Vargas, Enoc Muniz Duarte, de 71 anos, a esperança é que o local volte a se tornar referência na região, mesmo que em outras atividades. “Trabalhei e morei nesse lugar por 20 anos, de 1984 a 2004. Fui enviado pela FGV do Rio de Janeiro para Nova Friburgo para tentar reabrir o espaço e com a ajuda de ex-alunos e do ministério da educação, na ocasião, nós conseguimos. Era um sonho de toda a família sair do Rio para criar os filhos em um ambiente mais tranquilo e, por isso, vir para cá foi uma grande oportunidade. Tenho uma ligação muito forte com esse lugar”, conta Enoc. “O terreno é muito amplo e as instalações são ótimas, é triste ver tudo parado dessa forma. Penso que aqui poderia ser um grande parque para que a população pudesse usufruir”, sugere ele.
Durante a visitação na manhã desta terça-feira, algumas ideias foram compartilhadas pelos presentes. Dentre elas estavam a formação de um centro de treinamento esportivo e uma escola para treinamento, qualificação e gestão de servidores. De acordo com Renato Bravo, o próximo passo agora é estudar as alternativas viáveis de utilização do local e buscar a parceria da Fundação Getúlio Vargas para que os projetos possam acontecer. “Vamos nos reunir com um grupo de trabalho, que envolve as secretarias presentes e membros da associação juntamente com um representante da Fundação, para que possamos entender se há possibilidade de executar projetos aqui. Temos muitas ideias, mas precisamos definir quais delas são viáveis. A FGV tem o facilitador das parcerias e precisamos dela junto a nós para que as propostas aconteçam”.
Além do suntuoso prédio principal — que conta com dezenas de cômodos dentre refeitório, biblioteca, laboratório, dormitórios, salas de aula e um grande teatro com capacidade para quase mil pessoas — o complexo ainda possui um amplo prédio anexo e um ginásio com quadra poliesportiva e piscina olímpica. Construído para ser um grande cassino, o espaço se transformou nas instalações do famoso Colégio Nova Friburgo, um internato e semi-internato responsável por abrigar jovens de famílias nobres do Brasil, de 1950 até 1977. Sob a responsabilidade da Fundação Getúlio Vargas, anos depois do fim do CNF, o complexo foi alocado pelo Instituto Politécnico do Rio de Janeiro da Uerj. Com a tragédia de 2011, entretanto, a universidade resolveu mudar a sua sede no município, deixando o local em desuso desde então.
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