Prefeito defende na França o progresso a serviço da natureza

segunda-feira, 07 de dezembro de 2009
por Jornal A Voz da Serra

(SECOM) - O prefeito de Nova Friburgo, engenheiro Heródoto Bento de Mello participou nestas quinta e sexta-feiras, dias 3 e 4 de dezembro, na região de Rhône-Alpes, em Lyon, na França, do 3° Encontro Franco-Brasileiro de Cooperação Descentralizada. Realizado em decorrência do Ano da França no Brasil, o evento encerra as diversas atividades realizadas desde abril, e tem como tema central o Desenvolvimento Sustentável e Cultura, sendo dividido em quatro oficinas simultâneas.

Considerado uma oportunidade para troca de experiências e de estabelecimento de novas parcerias entre os governos locais dos dois países, o 3° Encontro faz parte de um esforço da Subchefia de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República brasileira, que vem atuando juntamente com os governos municipais e estaduais com o objetivo de ampliar para o conjunto da federação nacional os benefícios da cooperação franco-brasileira.

Nova Friburgo, uma das poucas Cidades brasileiras convidadas

Além de Nova Friburgo (RJ), somente outras duas prefeituras brasileiras foram convidadas a participar das exposições nas oficinas: Vitória, através do Secretário de Desenvolvimento, Kleber Fizzera e Rio de Janeiro, com a secretária municipal Jandira Feghali (Cultura), além dos governos estaduais de São Paulo e Paraná representados, respectivamente, por José Amaral Wagner Neto (Diretor da Fundação Florestal/Secretaria estadual do Meio Ambiente) e Virgílio Moreira Filho, secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul.

O chefe do executivo friburguense levou a Lyon, a defesa de sua mais nova tese sobre o desenvolvimento de Nova Friburgo: o município-parque que tem dentro uma cidade, conforme pontua o seu pronunciamento, distribuído à imprensa esta semana. “A Cidade cresceu, acolheu novas gentes, o homem procurou espaços. Quer viver, criar os filhos (...), quer o desenvolvimento. Esse desenvolvimento tem que ser governado. E deve ser sustentável, promover o progresso, um progresso a serviço da natureza e, ao mesmo tempo, servindo-se dela. Esse é o grande desafio que nos é proposto”, sustenta o prefeito e engenheiro.

O ANO FRANÇA NO BRASIL

Neste ano de 2009, o Brasil teve a oportunidade de ir à França sem sair de casa. O Ano da França no Brasil foi consequência do Ano do Brasil na França (2005) e realizou centenas de atividades nas cidades e estados de todo território nacional, entre abril e novembro, mostrando o potencial dessa relação, nos mais diversos campos, desde a cultura, as ciências, a tecnologia, políticas públicas, os negócios, entre outras áreas.

Segundo a Secretaria de Relações Institucionais, o Ano da França mostrou a importância dos prefeitos e governadores como atores fundamentais no fortalecimento das relações entre os dois países, dado seu empenho na realização de atividades em seus municípios e estados, assim como nas oportunidades geradas de cooperação como estratégia para os governos locais franceses e brasileiros de construir vínculos privilegiados para o desenvolvimento local.

Oficinas

O desenvolvimento sustentável: desafio para o espaço urbano; Preservação ambiental, gestão territorial e biodiversidade; Desenvolvimento econômico local como fator de desenvolvimento sustentável e Dimensão social e cultural do desenvolvimento sustentável são os temas das quatro oficinas simultâneas.

Discurso do sr prefeito de Nova Friburgo Heródoto Bento de Mello

A cidade deve ser a nossa taba!

La ville doit être notre cabane!

Nova Friburgo é um parque habitado, de 1000 km quadrados, com apenas 4% de área urbana, ou seja, apenas 40 km quadrados ocupados.

Nova Friburgo est un parc habité, de 1000 km carrés, avec 4% seulement de région considérée urbaine, cela veut dire, 40km carré occupée.

Nova Friburgo é um parque, que tem dentro uma cidade e pequenas povoações esparsas, parque em que todas as áreas povoadas, mesmo a Cidade, se misturam com a natureza que as invade.

Nova Friburgo est un parc, qu’il y a dedans une ville avec des petites populations éparpillées et même dans régions peuplés, comme la ville, la nature s’impose.

Nova Friburgo não nasceu e cresceu sob a mesma tradição histórica das cidades brasileiras. Foi fundada por dom João VI, não como um ponto de início de ocupação, mas como uma grande área, a Fazenda do Morro Queimado que foi destinada a ser uma colônia, mata virgem de índios selvagens a ser desbravada. Os pioneiros não se contentaram com a fazenda, subiram as montanhas, ocuparam os vales, desceram os rios, procuraram melhores terras, alargaram os nossos limites e marcaram o nosso chão de hoje. Ainda hoje encontramos radicados a 40 e a 50 km da sede, preservados, os colonos daqueles tempos. Foi a grande luta entre o chão, a floresta e o homem. As montanhas se levantaram, a floresta resistiu e o homem se conteve. Nem todo o esforço dos pioneiros conseguiu abater tanta riqueza. As árvores guardaram os seus refúgios, e os rios, as suas águas. Isso se deu não somente nos idos dos anos 1818, mas ao longo destes 200 anos de colonização.

La création et la croissance de Nova Friburgo se diffère de la tradition historique des autres villes brésiliennes. Elle a été fondée par le roi portugais Dom João VI, pas seulement pour commencer une occupation, mais surtout pour être une grande réserve, connue comme « Fazenda do Morro Queimado », en français « La Ferme de la Montagne Brulée », qui a été destinée à être une colonie. Jadis, une forêt vierge à dévoiler, avec des indiens sauvages. Pour les pionniers la ferme n’a été pas suffisante, alors, ils sont montés les montages, ils ont occupé les vallées, ils ont suivi les rives, ils ont cherché les meilleurs terres, ils ont élargi nos divises et ils ont fixé les horizons qui aujourd’hui nos appartiens. Encore aujourd’hui l’on trouve des communes, pas loin du centre-ville, qui gardent les traits caractéristiques des pionniers. La dispute entre la terra, la forêt et l’homme a été grande. Les montagnes ont montré sa résistance, la forêt a résisté et l’homme a réfléchi sa prédation. Les difficultés pour dévoiler cette nature vierge a sauvé leurs richesses originelles. Les arbres ont gardé leurs sombres et les rivières, leurs eaux. Cela n’est pas arrivé seulement vers 1818 - quand Nova Friburgo a été fondée – mais pendant ces 200 ans de l’existence de la ville.

O homem invadiu o parque, desbravou-o, plantou, construiu vilas e uma grande cidade, mas o parque resistiu e, hoje, pela inteligência dos filhos daquela gente, luta para ser reconhecido, admirado e desfrutado, é verdade, luta para ser preservado. A natureza e o homem querem conviver em harmonia.

L’homme a envahi le parc. Il a dévoilé ce parc, il en a cultivé, il a bâti des villages et une grande ville, mais le parc a résisté et, aujourd’hui, l’on travail sa reconnaissance et sa protection, pour qu’il puisse être admiré et joui. La nature et l’homme veulent vivre en harmonie.

A cidade cresceu, acolheu novas gentes, o homem procurou espaços. Quer viver, criar os filhos, quer enriquecer, quer o desenvolvimento. Esse desenvolvimento tem que ser governado. Esse desenvolvimento deve ser sustentável, promover o progresso, um progresso a serviço da natureza e, ao mesmo tempo, servindo-se dela. Esse é o grande desafio que nos é proposto.

La ville s’est agrandie, elle a accueilli des multiples peuples et l’homme a cherché des nouveaux espaces. Il veut vivre, élever leurs enfants, enrichir et il veut le développement. Mais ce développement doit être guidé. Ce développement doit être durable et également promouvoir le progrès. Ce progrès doit être au service de la nature et au même temps s’en servir. Voilà le grand défi devant nous.

Nós somos privilegiados. Nós vivemos dentro de um parque.

Nous sommes privilégiés. Nous vivons dans un parc.

Em primeiro lugar queremos ser reconhecidos como um parque. Essa é uma ideia inovadora no Brasil. Pela primeira vez se propõe esse conceito. Considerar um município inteiro como um parque, um parque no qual o prefeito é o seu gestor e também o administrador das áreas urbanas, do desenvolvimento sustentável, da sua vida econômica e social.

Alors, nous voulons que Nova Friburgo soit reconnue comme un parc. C’est une idée innovatrice au Brésil, où l’on propose ce concept par la première fois. Considérer toute l’agglomération comme un parc, lequel le maire est le gestionnaire et également l’administrateur des régions urbaines, en cause du développement durable, de la vie économique et sociale.

Promover a harmonia espiritual ecológica entre o homem e a natureza será o grande desafio a que o Parque de Nova Friburgo se propõe.

Enfin, promouvoir l’harmonie spirituelle et écologique entre l’homme et la nature ce sera le grand défi proposé par le Parc de Nova Friburgo.

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