Depois de longa conversa reservada em seu gabinete, na Prefeitura de Duas Barras, na última semana, o prefeito Antônio Carlos (PMDB) aceitou, em caráter irrevogável, o pedido de afastamento do secretário de Assistência Social, Rodevaldo Correa. Mesmo não tendo sido divulgados os detalhes da audiência com o prefeito, o chefe do Executivo se limitou a informar que a saída do secretário se deve a motivos de ordem pessoal, não cabendo qualquer outro tipo de consideração ou interpretação para o ocorrido. “Independente do tempo em que ele esteve conosco colaborando com o nosso governo, cabe-nos tão somente agradecer ao secretário por suas inúmeras contribuições em favor da nossa administração. Seja por sua atuação na área política, por sua passagem pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos ou mesmo por sua atuação junto à área social do município. Por questões alheias a nossa vontade, que não cabe mensurar, a partir de agora estaremos seguindo rumos diferenciados, mas com certeza ficará o respeito e a consideração mútua pelo tempo em que trilhamos o mesmo caminho. No mais reforço os agradecimentos em nome de todo o povo de Duas Barras ao secretário desejando-lhe pleno êxito em mais uma etapa de sua vida. Aproveito a oportunidade para agradecer a seus familiares que neste período souberam dividir conosco o tempo dedicado pelo secretário ao serviço público”, destacou o prefeito.
Ao que tudo indica, o prefeito deverá nomear o ex-vereador e atual chefe de Gabinete da Prefeitura, Francisco Fortunato de Souza, o Chiquinho São João, para ocupar a pasta, considerando sua experiência na área social, adquirida no tempo de atuação como vereador e como assessor especial do deputado estadual Altineu Côrtes.
Vereadores lamentaram o afastamento do secretário
A saída repentina do secretário Rodevaldo Correa repercutiu fortemente não só junto à comunidade, mas principalmente junto à Câmara Municipal de Duas Barras, quando as bancadas de oposição e situação, informadas pelo vereador Marcos Antônio Fernandes, o Bananeira (PMDB), lamentaram o ocorrido. Bananeira falou de sua tristeza ao tomar conhecimento da decisão do secretário visto o trabalho que o mesmo vinha desenvolvendo à frente da secretaria social e confirmou que “a administração está perdendo um dos melhores secretários do atual governo”.
Sucedendo à fala do vereador, usaram da palavra os edis José Ronaldo (PSC), Maria das Graças, a Gracinha do PV, Diego Ornellas (PMDB), Audelir Francisco, o Bilico (PMDB), Antônio José (PSC), Gelson Freitas (DEM) e o líder do governo vereador Armando Rosemberto, o Bebeto (PSDB), diretamente ligado ao secretário, que lamentou o fato: “Estou triste e emocionado com o ocorrido. Penso que o secretário deveria rever sua atitude”, disse.
Rodevaldo Correa: rápida passagem pelo governo
O secretário Rodevaldo Gonçalves Correa, que é graduado e pós-graduado na área de educação, se juntou ao grupo político do prefeito Antônio Carlos depois de deixar os quadros da oposição, quando participava do grupo liderado pelo então ex-vereador e ex-candidato a prefeito Luiz Carlos Lutterbach (PSC). Tão logo confirmou seu apoio ao governo, foi convidado pelo prefeito Antônio Carlos a assumir a pasta da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, onde deixou sua marca ao realizar um amplo trabalho no setor.
Por sua larga experiência na área do magistério e gestão escolar, bem como sua natural capacidade de liderança, o ex-secretário deixou sua contribuição na área política do governo, no qual teve uma ampla atuação durante a última campanha política. Convidado a assumir a pasta da Secretaria de Assistência Social no atual mandato do prefeito Antônio Carlos, também por sua especial atenção às questões ligadas ao idoso, o secretário Rodevaldo passou a ser cogitado nos meios populares e políticos como um possível candidato à sucessão do prefeito Antônio Carlos, ao lado de nomes como do atual vice-prefeito, Marcos Serpa, o Kinka (DEM), do presidente da Câmara, Audelir Francisco, o Bilico (PMDB), e do atual secretário de Educação, Ailton Táboas.
Depois de um mandato à frente da secretaria social que durou precisamente nove meses, o secretário surpreendeu a todos ao pedir seu afastamento do governo, em decisão irrevogável.
Deixe o seu comentário